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Palmeiras fora fragiliza a Libertadores. Mas não se pode falar em injustiça

Menon

14/04/2016 23h35

E o que os torcedores mais racionais esperavam – e temiam – se confirmou. O Palmeiras venceu o periquito2River Plate mas está eliminado da Libertadores. O roteiro só não se confirmou porque em Montevidéu não houve empate e nem jogo combinado. O Rosario venceu.

A eliminação de um time em ascensão deixa mais fraco o campeonato. O Palmeiras, se passasse, poderia ir longe. Poderia complicar muito a vida dos outros times. Principalmente porque não vejo um favorito na Libertadores-16. Há muito equilíbrio. E as três vitórias seguidas no Paulista mostram que o time de Cuca está jogando bem. Mais do que isso, está jogando cada vez melhor.

Foi injusta, então, a eliminação do Palmeiras?

Difícil defender essa tese.

1) O Rosario é um bom time, tem muita qualidade e não está abaixo do Palmeiras.

2) O Nacional, que pode ser considerado inferior tecnicamente, venceu o Palmeiras duas vezes. Ou seja, 66,7% dos seus pontos foram conseguidos em cima do Palmeiras.

O torcedor palmeirense pode lamentar alguns azares que teve no campeonato.

1) Na primeira rodada, esteve duas vezes à frente do River Plate e não conseguiu vencer.

2) Ainda na primeira rodada, o Rosario empatou com o Nacional em casa. Empatou no último minuto, com um penal inexistente. Um ponto a menos poderia dar menos moral aos argentinos, mesmo sabendo que a diferença final foi maior do que isso.

3) Na derrota contra o Nacional, em casa, o segundo gol uruguaio começou após uma falta não periquitomarcada a favor do Palmeiras.

4) O grupo, desde o sorteio, aparecia como difícil. Não tanto como o de Toluca, Gremio, LDU e San Lorenzo, mas difícil.

Não deu.

Ao Palmeiras, resta a certeza de estar no bom caminho. Cuca está fazendo um trabalho muito superior ao de Marcelo Oliveira. Ele prometeu um Palmeiras muito competitivo no Brasileiro. Pode entregar a promessa antes. O time está com boas chances no Paulista.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.