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Esporte Interativo quer levar "seus clubes" até a Série A. Veja como

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20/04/2016 14h46

O Esporte Interativo fechou com 14 clubes os direitos de transmissão da Série A na TV fechada a partir de 2019. O total acertado é de R$ 550 milhões, divididos por 20 clubes. Se não conseguir os 20, o dinheiro será proporcional. No caso de 14 clubes, o EI gastará R$ 385 milhões. São R$ 27,5 milhões para cada um. Nove vezes mais do que paga o Sportv.

O problema para a rede ligada à Turner é que, dos 14 clubes que assinaram, apenas seis estão na Série A em 2016: Coritiba, Furacão, Inter, Santos, Ponte Preta e Santa Cruz. Se o contrato começasse a partir do próximo ano, haveria poucos jogos a serem transmitidos.

A intenção é aumentar o número de clubes na Série A em 2019. E o Esporte Interativo tem uma estratégia para que "seus" clubes ascendam. São quatro itens:

1) LUVAS – As equipes que assinaram com o EI receberam luvas, um dinheiro extra que não precisa ser devolvido. Com esse dinheiro extra – no mínimo girando em R$ 30 milhões – há a esperança de um planejamento bem feito que permita a formação de bons elencos.

2) PATROCINADORES – Os patrocinadores dos 14 clubes receberão um tratamento muito amistoso. As marcas serão exibidas constantemente, sem nenhuma "censura" e os "naming rights" serão preservados. Se o clube vendeu o nome do estádio, esse nome será mostrado e pronunciado abundantemente.

3) REDES SOCIAIS – O Esporte Interativo tem 12,3 milhões de seguidores no facebook, 1,4 milhão no twitter e 1,5 milhão no Instagram. São ferramentas fortes e serão usadas para divulgar os clubes e seus patrocinadores.

4) SÓCIO TORCEDOR – Há uma campanha constante nas redes sociais e nas transmissões para que os clubes consigam aumentar sua base de sócios torcedores.

Assim, com dinheiro direto – luvas – e indireto, a esperança é que haja bem mais que cinco clubes na Série A. Uma das apostas é o Fortaleza, que há quatro anos "bate na trave" e não consegue sair da Série C.

Além dessa ajuda "vertical", do Esporte Interativo, há ainda a possibilidade de uma ajuda "horizontal" entre os próprios clubes. É o que explica Marcelo Santana, 35 anos, presidente do Bahia. "Nunca aceitarei forjar um resultado, nunca afrontarei o estritamente esportivo, mas se tivermos jogadores disponíveis que podem ajudar outras equipes, darei preferência aos que estão conosco nessa luta. Quantos mais formos na Série A, melhor para todos"

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.