Pepe é o brasileiro que faz falta. Muita falta

Pepe é  mau. Como um picapau.

Pepe bate muito.

Pepe bate sem precisar.

Pepe bate por gosto.

Pepe rala a bunda.

Pepe faz a bunda do rival ficar ralada.

Pepe tatua os pregos da chuteira em quem sonhar com gracinhas na área de seu time.

Pepe é bom por baixo.

Pepe é ótimo pelo alto.

Pepe é brasileiro. Deixou Alagoas com 18 anos e foi para o Maritimo em busca de comida e dinheiro.

Jogou no B. Jogou no A. Foi para o Porto.

Pepe virou português. Estreou na seleção em 2007. E logo depois, foi para a seleção.

Pepe faz muita falta ao futebol brasileiro.

Quem falou alguma vez que David Luiz e Thiago Silva formavam a melhor dupla de zaga do mundo não conhece Pepe. Ele coloca os outros dois no bolso. Como colocou Kum Aguero na semi da Liga dos Campeões.

Pepe não faz careta. Os outros é que fazem careta ao enfrenta-lo. Careta de dor.

Pepe não chora na hora de cobrar pênalti. Pepe não fica nervoso em campo, não tem ataque de choro. Se puder, ele é que faz a galera chorar.

Pepe é zagueiro-zagueiro.

Olha, o futebol moderno exige que as jogadas comecem desde o goleiro. Com bom toque de bola, com bom passe. Com zagueiros que saibam desarmar, tocar para o volante e saindo para receber.

Uma maravilha.

Uma utopia.

Mas se meu time estiver levando um sufoco, sou adepto da velha lei. Chuta para o mato que o jogo é de campeonato.

Sou Pepe F.C