São-paulino: hora de torcer pelo Racing
Deu a lógica. O São Paulo está nas quartas de final da Libertadores.
Uma lógica, verdade seja dita, baseada na goleada do primeiro jogo contra o Toluca. A goleada que ressuscitou Centurión e que fez Dunga convocar ganso.
A outra lógica, mais realista, apontava como quase impossível a chegada do time às oitavas, após conseguir dois pontos em três jogos.
Mas o São Paulo cresceu, encorpou e agora espera, nas próximas duas horas, a definição entre Galo e Academia, Atlético e Racing.
E quem seria o melhor adversário, pensando na classificação para a semifinal?
Sem querer recorrer o velho clichê: "quem quer ser campeão, não pode escolher adversário", a verdade é que não tem mocinho nesse faroeste, não tem virgem nesse bordel.
Os dois são adversários terríveis. Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega.
Explicações dadas, o torcedor são-paulino deveria torcer para o Racing.
O time argentino tem um bom elenco, com Bou, Milito, Saja, Grimi, Lisandro López, Romero e outros, mas o treinador Facundo Sava ainda não conseguiu montar um time equilibrado, com rendimento constante.
Contra o Galo, no primeiro jogo, não conseguiu ter mais posse de bola e nem criar muitas situações de gol. Foi prejudicado com a anulação de um gol, mas a maior comemoração foi mesmo não ter sofrido gol em casa.
O Racing, como o São Paulo, teve rendimento de 50% na primeira fase, com duas vitórias, três empates e uma derrota. O Galo foi bem mais. Teve 13 pontos, 72%, quatro vitórias, um empate e uma derrota.
O Galo tem uma base sólida, com Vitor, Douglas Santos, Marcos Rocha, Rafael Carioca e Lucas Pratto.
E tem Robinho, que ainda está devendo.
E é bom olhar também para a história.
O São Paulo, no Morumbi, tem desempenho bem melhor com estrangeiros do que brasileiros em Libertadores.
Quando o adversário fala espanhol, são 59 jogos, 48 vitórias, sete empates e quatro derrotas, com 136 gols marcados e 33 sofridos. Aproveitamento de 85,31%.
Quando a parada é com brasileiros, são 22 jogos, 15 vitórias, três empates e quatro derrotas, com 37 gols a favor e 15 contra.
Uma dessas derrotas foi contra o Galo em 2013, 2 x 1 de virada que impulsionou o time para o título. No jogo seguinte, 4 x 1 em Minas.
Então, uma boa justificativa para preferir o Galo é vingança. Mas vingança é prato que se come frio. No atual momento, pode dar uma bela indigestão.
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