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São Paulo Suor Futebol Tático Clube, o convidado que rouba a noiva

Menon

19/05/2016 00h35

Rosario Central? Nacional? Independiente del Valle? Pumas? Todos foram melhores que o São Paulo. Todos definirão em casa a passagem para a final da Libertadores. E todos podem se preocupar. O São Paulo de Bauza é um time de ser vencido, quando pensamos em jogos de 180 minutos. Simplificando, é muito difícil de ser eliminado.

É um "invitado de piedra" como dizem os espanhóis. Aquele que é convidado de última hora para o casamento e acaba roubando a noiva.

noiva em fugaO São Paulo, desde a desastrosa e desastrada derrota na estreia, contra o Strongest, passou a viver uma série de finais. Teve pouco sossego. E falhou apenas uma vez.

Primeira final – não podia perder para o River em Nunez. Empatou.

Segunda final – tinha de vencer o Trujillanos na Venezuela.  Empatou.

Terceira final – tinha de vencer o Trujillanos no Morumbi. Goleou.  (foi um momento de sossego)

Quarta final – tinha de vencer o River no Morumbi. Venceu.

Quinta final – tinha de empatar com o Strongest em La Paz

Sexta final – tinha de vencer o Toluca no Morumbi. Goleou. Essa vitória praticamente definiu a vaga.

Sétima final – tinha de vencer o Galo em casa. Venceu e não sofreu gol

Oitava final – Podia perder por um gol de diferença – desde que fizesse um gol – contra o Galo, no Horto. Perdeu por 2 a 1.

Não é um grande time. Tem muitas falhas individuais. Mas, a cada jogo, cada vez mais, só falhas individuais. O time está compacto, é muito tático, sabe como se postar em campo e luta por todos os centímetros do gramado.

Contra o Galo, por exemplo. Em 15 minutos, o time sofreu dois gols em falhas individuais. A primeira, com Denis. A segunda, com Rodrigo Caio, com auxílio de Denis.

Qual é a vantagem de falhar apenas individualmente? Nenhuma. Falha é falha e o São Paulo só conseguiu o seu gol em falha também de Victor. Mas é importante perceber que o São Paulo não é um lime largado em campo, com espaços dados aos rivais, com jogadores abertos e dando muitos espaços no meio.

E, principalmente, o São Paulo não é um time que assiste ao jogo. Ele participa do jogo. De forma dura. Fez 27 faltas contra o Galo, em Minas. Uma postura guerreira e que ajuda o time a vencer etapas. Por isso, é importante entender que Rogério vai jogar muito esporadicamente.

Quanto ao segundo jogo contra o Galo, o São Paulo começou dominando e jogando no campo do rival. Sofreu dois gols, marcou o seu em seguida e equilibrou o jogo até o final. No segundo tempo, sofreu uma pressão muito grande nos primeiros dez minutos e nos últimos 15. No mais, equilibrou o jogo.

E agora? Calleri fica? Maicon fica? A próxima fase começa em julho. Tem muito trabalho a ser feito. Muito mais trabalho do que os rivais. Mas, no momento, não é bom para os rivais confiarem nisso.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.