Grafite poderia estar no Choque-Rei de domingo

Não há time mais honesto que o Santa Cruz. Chegou à Série D em 2009 e dali, o porão do Inferno, foi reconstruindo sua história. Em 2012, chegou à C, em 2014, chegou na B e agora, volta à Série A. Chegou com jeito de cobra coral, seu símbolo. Está mordendo feio, com muito veneno. Em três rodadas, fez sete pontos.

E marcou dez gols, seis deles com o ídolo Grafite. Edinaldo Batista Libânio, com mais de 200 gols na carreira, 17 deles pelo São Paulo, em 45 jogos. Outros 75, marcou em 130 jogos pelo Wolfsburg.

Vai longe? Ninguém sabe, mas esse início de Brasileiro mostra que o centenário time pernambucano está sabendo respeitar sua história. Pobre, mas honesto. Nunca recorreu ao tapetão.

Grafite, com 37 anos, é o primeiro grande personagem do Brasileiro. Artilheiro, comandante, cobrador de pênaltis. Caberia em São Paulo ou Palmeiras, que fazem o Choque-Rei no domingo?

O Palmeiras chega como escolta do Santa Cruz, com seis pontos em três jogos. Tres vieram ontem, com a vitória por 2 x 0 sobre o Fluminense. Roger Guedes está se firmando como uma grande contratação, Tche Tche esteve mais pelo meio, com Jean na direita. Cuquinha foi ousado ao tirar o lateral Egídio e colocar Moisés.

Bauza também ousou. O São Paulo chegou a cumprir o sonho de Matinas Suzuki e ter cinco atacantes em campo. Kelvin, Rogério, Ytalo, Kardec e Centurión. Conseguiu o empate e recompôs a defesa com a entrada de Bruno. O time fez um bom jogo com o Coritiba. Os dois times tiveram muitas chances de gol.