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Cuca erra e Prass evita a goleada do São Paulo

Menon

29/05/2016 18h51

Sabe aquele jogo em que o time que está perdendo e sufoca, sufoca… O clássico foi assim, com uma pequena diferença: o São Paulo, cucaleleque sufocava o Palmeiras, estava vencendo o jogo. Um domínio que começou após os primeiros minutos avassaladores do Palmeiras e que se acentuaram no segundo tempo, após as substituições de Cuca.

O São Paulo estava vencendo por 1 x 0, com cabeçada de Ganso após falha do zagueiro Thiago Martins e Cuca voltou com duas substituições: Rafael Marques em lugar de Roger Guedes e Moises em lugar de Thiago Santos. Eu não gosto quando o treinador troca logo dois de uma vez. Se não der certo, fica sem opções.

E não deu certo. O time ficou com apenas um volante: Tche Tche ou Jean, que se revezavam por ali. Quem ajudava um pouco era Moisés, mas só um pouco. Então, muitas vezes era um volante só. E com a entrada de Rafael Marques, a marcação pelo lado do campo diminuiu bastante. Kelvin ficou mano a mano com Zé Roberto e levou vantagem, com direito a chapéu.

O São Paulo era mais compacto e, a cada bola tomada em sua defesa, a cada lançamento, achava um Palmeiras muito desguarnecido. Prass fez pelo menos três defesas salvadoras.

Cuca colocou Erik em lugar de Gabriel Jesus e nada mudou. Era praticamente um 4-2-4 contra um time muito bem posicionado.

Depois da terceira substituição de Cuca é que Bauza começou a mexer. A primeira, foi muito boa. Tirou Centurión e colocou o ótimo João Schmidt. O time ganhou força no meio campo, qualidade no passe e teve Thiago Mendes se projetando ao ataque. Em seguida, trocou Kardec por Ytalo, que perdeu um gol de forma ridícula.

A terceira foi Rogério em lugar de Thiago Mendes, contundido. Quem sairia era Ganso, mas a contusão de Thiago mudou tudo. Rogério entrou pelo lado de campo, onde Bauza não gosta e onde a torcida adora. Teve duas grandes chances, em contra-ataques. No primeiro, sofreu um toque e caiu, em vez de continuar com a jogada. No segundo, tinha Ganso para passar, mas tentou um chute estapafúrdio. Levou uma bronca imensa de Maicon. Desnecessária, poderia ser feita no vestiário.

O fato é que Rogério é um analfabeto tático. Tem uma certa habilidade no drible e no chute, mas, se entrar desde o início, não rende. É menos produtivo que Centurión, por exemplo.

Os melhores em campo foram Maycon, um monstro, Lugano, muito seguro, João Schmidt, muito técnico, Ganso e Kelvin.

Enfim, o São Paulo ganhou um clássico regional. Ganha moral para enfrentar Figueirense e Cruzeiro, ambos fora de casa.

O Palmeiras poderia estar jogando melhor, após três semanas de treinamento. Cuca tem falado muito e está devendo. Bauza é calado e o time está melhorando, apesar de ainda estar longe de um alto nível.

Agora, o Palmeiras recebe o Grêmio e visita o Flamengo.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.