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Menon

Santos humilha São Paulo mal planejado

Menon

26/06/2016 18h33

oleO clássico reuniu um time titular que teve suas qualidades funcionando de modo exponencial contra um time misto que teve seus defeitos funcionando de modo exponencial. O resultado foi justo – talvez um pouco estreito – como resultado desta equação.

Vamos usar a lógica. O Santos é melhor que o São Paulo titular. Portanto, é melhor que o São Paulo misto. E o que dizer do São Paulo misto, cujo goleiro titular leva um frango com 45 segundos de jogo?

O gol do Santos mostrou toda a diferença entre os dois times.

1) A bola estava com Ytalo, que não conseguiu segura-la, diante do combate agressivo do Santos. Quantas vezes Arthur e João Schmidt fizeram o mesmo?

2) Houve uma linda inversão de jogada, de um lado para outro. Quantas vezes o São Paulo errou o mesmo tipo de jogada?

3) Matheus Reis permitiu o cruzamento. Mateus Caramelo permitiu a chegada do atacante. Quantas vezes o Santos permitiu uma jogada desse tipo? Nenhuma.

4) Denis engoliu o peru. Quantas boas defesas Vanderlei fez durante o jogo? Todas as necessárias, sem susto.

Com seu gol de contra-ataque, o Santos teve o jogo a seus pés. E como é bom o contra-ataque do Santos!!! Desde Geuvânio e Marquinhos Gabriel, para não ir muito longe.

O segundo gol do Santos deve ser mostrado nas escolinhas de futebol para que os garotos aprendam a marcar. O jogador fica à frente do lateral. Recua para um companheiro e recebe a bola nas costas do lateral, que ali estava estático o tempo todo.

Acabou o jogo ali.

O São Paulo, no segundo tempo, tentou reagir, na base da coragem. Lugano tentou algumas cabeçadas. O menino Luiz Araújo mostrou qualidades, mas o Santos era muito melhor.

Se viesse um gol do São Paulo, seria até possível pensar em um possível empate. Não veio. Demorou. E o que veio foi o olé. Toque toque, tique taque, bola no meio das pernas, falta, belíssimo gol e expulsão do ídolo tricolor.

Foi uma vitória muito boa do Santos. Justa, perfeita. O time alcançou o terceiro lugar e está jogando mais bola que Corinthians, que superou, e Inter, para quem deu sinal de ultrapassagem.

O São Paulo tem a agradecer as derrotas de Palmeiras e do Inter. A diferença para o líder se manteve, em numero de pontos, embora o time tenha caído na tabela.

A impressão que dá é que está pendurado na Libertadores, onde chegou com méritos. O problema é depender de um campeonato  só. O que ainda não ocorreu.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.