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Diário Olimpico (2) Rio, lindo e armado. César Oliveira, grande historiador

Menon

30/07/2016 19h57

flo45 minutos de voo, um copo de suco de laranjas e um sanduíche de pão preto, com peito de peru e cream cheese e…estamos no Rio. A Olimpíada está aí, pela primeira vez na América do Sul. Fronteiras sendo desbravadas.

Outra fronteira, não geográfica, é fazer uma Olimpíada em um país que não tem cultura olímpica e nem esportiva. Na quinta-feira, no lançamento do meu livro Gol de Ouro no Shopping Bourbon dei uma passada pelas prateleiras. E como tem pouco livro de esportes. E como tem ainda menos livros de esportes olímpicos. Uma tristeza que dói na alma do amigo Marcelo Laguna, apaixonado por Olimpíada.

Cesar Oliveira, carioca que está vivendo em Macaé, tem um projeto importante nessa área. Ele está arrecadando fundos, através de um crowdfunding, para imprimir 50 livros esportivos brasileiros. Um trabalho de pesquisa imenso, formiguinha mesmo… O primeiro é Flô, o melhor goleiro do mundo, de Thomaz Mazzoni, que pode ser considerado o primeiro grande jornalista esportivo brasileiro. Ou um dos primeiros.

O email de Cesar é livrosdefutebol@gmail.com e ele dará mais informações sobre o projeto e sobre a venda dos livros. Eu já consegui o primeiro através do velho e bom escambo. Troquei pelo Gol de Ouro. Ponto para mim, que estou muito longe de ser um Thomaz Mazzoni.

Mas, falemos do Rio. Continua linda. Continua maravilhosa. A mais bela de todas as cidades do Sistema Solar. E uma vista rápida, pela janela do carro, no trajeto Santos Dumont-Galeão mostra que também é uma cidade armada. Há tanques e soldados em profusão. É um recado para quem chega. Aqui há segurança. Tomara que tudo dê certo.

A ressaca – do mar e não minha – bateu forte e ondas invadiram um centro de imprensa em Copacabana. Vários quiosques foram inundados. E à tarde, foi a vez de uma multidão vibrar com a Tocha Etílica, trazida à praia por representantes da boemia carioca. Estamos no Brasil. E isto é um elogio.

O trajeto Copacabana/Barra, onde está o centro de imprensa é longo. Uma hora e vinte no confortável ônibus de imprensa. E a chegada para o credenciamento nos remete ao clima de Torre de Babel. Uma algaravia de sons e de linguagens. Uma maravilha. Os Jogos estão no Brasil. É hora de aproveitar.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.