Bolt, Caterine e Mijaín ganham ouro com um sorriso
Nos dois últimos dias, vi três medalhas de ouro espetaculares. Os campeões sorriam. E como! Gargalhavam. Eram a plena expressão da felicidade. E o povo ria junto.
A primeira foi de Usain Bolt. É o atleta mais midiático e carismático do planeta. A possibilidade de sua entrada na pista já causa o que o genial Osmar Santos chamava de frisson da galera. Há uma eletricidade no ar. Há uma centelha pronta pegar fogo. E ele, com seu sorriso, joga gasolina no fogo. A tristeza vem depois, quando se pensa que pode ser a última vez de Bolt em uma Olimpíada. Bem, ainda há os 200m e o revezamento.
Há Bolt. Aproveitemos.
Depois, a colombiana Caterine Ibarguen ganhou a prova do salto triplo sorridente como uma criança que ganhou um novo brinquedo. Um brinquedo que esperava há quatro anos, desde que foi prata na Olimpíada de Londres.
Saltou 15,17m e teve ainda um 15,03m, o segundo da noite. Não se saltava acima de 15m desde a olimpíada de Pequim. A segunda coloca foi a venezuelana Yulimar Rojas, com 14,98m. Ela tem 19 anos, 13 a menos que Ibarguen.
Desde Londres, esta foi a 37ª vitória de Ibarguen em 38 competições. Perdeu apenas a 35ª, para Olga Rypakova, do Cazaquistão, a campeã olímpica de Londres.
E Rypakova deu a primeira cartada: 14,73m que lhe deu a liderança,pois Caterine ficou com 14,65m e Yulimar apenas com 14,32m.
No segundo salto, a liderança, com 15,03m. Começou então a pressão: Rojas chegou a 14,98m no terceiro salto. Em seguida, Caterine voou até 15,17m.
Teve o privilégio de ser a última a pular na segunda fase. Rojas ainda conseguiu 14,95m, o que serviu para Caterine começar a festa. E fechar a noite,com 14,80m.
Sorrindo sempre, provou que era correto o clichê que repetiu constantemente nos últimos quatro anos. "Eu sou minha única adversaria".
Hoje, o show foi comandado por Mijain López, atleta da luta greco-romana e que conseguiu sua terceira medalha olímpica seguida. Como Bolt. Além do tri olímpico, López ganhou cinco títulos mundiais. O último, perdeu para o turco Riza Kayaalp, justamente o seu adversário na luta pelo ouro no Rio-16.
Com 20 segundos, Mijain já vencia por 5 a 0. Terminou o primeiro assalto, de três minutos, ganhando por 6 a 0. Aos dois minutos do segundo assalto, fez mais dois pontos, o que lhe daria vantagem de 8 a 0, que define o combate.
Começou então o show. Bailando, mandando beijos, mostrando o número três e apontando para a símbolo de Cuba, no seu uniforme. Os dois pontos foram anulados e a luta continuou por um minuto. Terminada, recomeçou o show. Aplaudidíssimo pelo público, comandou o baile. Pedro Val, seu treinador, entrou na área de luta e lhe deu um abraço. Mijaín respondeu com um amistoso golpe. Prolongou ao máximo a presença no estádio. Saiu beijando, abraçando, fotografando. Um ídolo popular.
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