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Bastos e SPFC são vítimas da violência irracional dos delinquentes

Menon

13/09/2016 09h57

Michel Bastos está fora do São Paulo há um tempo e vai deixar o clube. Haverá uma conversa com Marco Aurélio Cunha em busca de bastosuma saída honrosa que não prejudique o clube. Sem ter nenhum saber jurídico e pensando apenas no bom senso, é possível enxergar uma possível grave acusação contra o São Paulo. Bastos pode dizer que o clube não lhe garantiu a integridade física ao permitir que vândalos invadissem o local de trabalho e o agredissem fisicamente. Nenhum trabalhador é obrigado a exercer sua profissão em um local em que corre riscos físicos. Cabe ao patrão garantir isso.

O São Paulo não conseguiu. Bandidos que vestiam sua camisa jogaram sua imagem na lama, roubaram seus pertences e agrediram seus funcionários. E um deles deixará o clube, causando mais prejuízo ainda.

Nas relações humanas, o Brasil avançou na prevenção ao amor bandido. Está aí a Lei Maria da Penha. No caso em questão, nem precisava tanto. Há imagens do presidente da Independente agredindo…um torcedor do São Paulo. E antes, já havia acontecido pior, quando mulheres foram agredidas no Morumbi, na saída de um jogo. Nada se faz. As forças de repressão, tão presentes em alguns atos políticos, se calam. Não advogo que a violência presente na Paulista se repita no Morumbi. Apenas que se prendam criminosos.

O resumo da ópera é que Michel Bastos, que foi um jogador importante na campanha da Libertadores, vai desfalcar o clube – já está desfalcando – em um momento de crise técnica. É lógico que ele não está rendendo bem há tempo. A Libertadores foi uma exceção. Mas é patrimônio do clube e será perdido por conta da intransigência da torcida que não aceitou ser questionada por ele. Bastou mandar alguns gatos pingados calarem a boca para que tudo se voltasse contra ele. A reação à vaia custou sua permanência.

Como no caso do volante Maicon, mais uma vez a torcida do São Paulo prejudicou o clube.

São torcedores que torcem para si mesmos, aplaudem a si mesmos, amam a si mesmos. Ao clube, destinam o ódio.

Amor Bandido.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.