Bastos e SPFC são vítimas da violência irracional dos delinquentes
Michel Bastos está fora do São Paulo há um tempo e vai deixar o clube. Haverá uma conversa com Marco Aurélio Cunha em busca de uma saída honrosa que não prejudique o clube. Sem ter nenhum saber jurídico e pensando apenas no bom senso, é possível enxergar uma possível grave acusação contra o São Paulo. Bastos pode dizer que o clube não lhe garantiu a integridade física ao permitir que vândalos invadissem o local de trabalho e o agredissem fisicamente. Nenhum trabalhador é obrigado a exercer sua profissão em um local em que corre riscos físicos. Cabe ao patrão garantir isso.
O São Paulo não conseguiu. Bandidos que vestiam sua camisa jogaram sua imagem na lama, roubaram seus pertences e agrediram seus funcionários. E um deles deixará o clube, causando mais prejuízo ainda.
Nas relações humanas, o Brasil avançou na prevenção ao amor bandido. Está aí a Lei Maria da Penha. No caso em questão, nem precisava tanto. Há imagens do presidente da Independente agredindo…um torcedor do São Paulo. E antes, já havia acontecido pior, quando mulheres foram agredidas no Morumbi, na saída de um jogo. Nada se faz. As forças de repressão, tão presentes em alguns atos políticos, se calam. Não advogo que a violência presente na Paulista se repita no Morumbi. Apenas que se prendam criminosos.
O resumo da ópera é que Michel Bastos, que foi um jogador importante na campanha da Libertadores, vai desfalcar o clube – já está desfalcando – em um momento de crise técnica. É lógico que ele não está rendendo bem há tempo. A Libertadores foi uma exceção. Mas é patrimônio do clube e será perdido por conta da intransigência da torcida que não aceitou ser questionada por ele. Bastou mandar alguns gatos pingados calarem a boca para que tudo se voltasse contra ele. A reação à vaia custou sua permanência.
Como no caso do volante Maicon, mais uma vez a torcida do São Paulo prejudicou o clube.
São torcedores que torcem para si mesmos, aplaudem a si mesmos, amam a si mesmos. Ao clube, destinam o ódio.
Amor Bandido.
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