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Wlamir Marques vira nome de ginásio. Parabéns ao Corinthians

Menon

28/09/2016 16h51

corinthainsrealmadridO Corinthians resolveu mudar o nome de seu ginásio de esportes. A partir de agora, será ginásio Wlamir Marques. Bicampeão mundial com a seleção brasileira em 1959 e 1963, medalha de prata nos Mundiais de 1954 e 1970, além de medalhista de bronze nas Olimpíadas de 1960 e 1964, ele mereceria a homenagem mesmo que nunca houvesse vestido a camiseta corintiana.

Não foi o caso, é lógico. Ele defendeu o Corinthians por dez anos e teve partidas memoráveis. Fábio Sormani, em seu blog no portal Ig contou a história de uma delas. O Corinthians recebeu o Real Madrid, que havia acabado de conquistar o título espanhol. Wlamir,  naquele 5 de junho de 1965, estava com alergia nos olhos. Tomou um anti-inflamatório e foi para o jogo. Marcou 40 pontos no jogo. Um pequeno detalhe: não havia arremesso de três pontos.

3wlamir-no-corinthiansO Corinthians venceu os campeões europeus por 118 a 109. Era um timaço, com Amaury, Renê, Ubiratan e Rosa Branca. Havia vencido o campeonato paulista de forma invicta.

Wlamir é um dos gigantes do esporte brasileiro. O tempo passou e seu nome foi ofuscado por outros gênios como Oscar e a turma mais nova que fez sucesso imenso na NBA.

Em seu tempo, o basquete brasileiro era muito mais forte e São Paulo do que em outros estados. Wlamir foi ídolo também em Piracicaba, onde jogou de 1953 a 1961.

Ali, sua carreira foi acompanhada de perto pelo Paulo Taça, o maior jogador do futebol de salão (assim se chamava) aguaiano de todos os tempos. Estudava agronomia na Luiz de Queiroz e foi campeão da FUPE, torneio fortíssimo da época, que reunia as faculdades paulistas. Paulo perdia aulas para ver Wlamir jogar. Era uma festa na cidade. Estádio lotado para ver o Diabo Loiro jogar.

Que o ginásio Wlamir Marques esteja sempre lotado, como todos os ginásios em que Wlamir Marques passou pela vida.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.