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Timão arrisca muito com Oswaldo, que saiu de fininho do Sport

Menon

13/10/2016 00h00

Primeiramente, o fato de Oswaldo de Oliveira deixar o Sport na mão, enfraquece muito o discurso de que treinador não deve ser FININHOdispensado antes do final de contrato. Que é uma coisa antiprofissional, existente só no Brasil. Ora, se o empregado resolve deixar o clube antes do final do vínculo, não pode reclamar de levar um cartão vermelho do patrão.

Ele deixa o Sport em uma posição muito ruim no Brasileiro, à beira do Z-4. E, convenhamos, o elenco do Sport é para mais do que isso: tem Magrão, Rithely, Rogério, Diego Souza… Talvez se a diretoria tivesse demitido Oswaldo antes, o time poderia ter melhorado. Não fez, levou o troco e agora sai procurando treinador para oito jogos finais.

E o que Oswaldo pode fazer no Corinthians? Tem obrigação de fazer o time lutar com chances na Copa do Brasil e ainda tentar uma vaga na Libertadores.

Como fazer isso? Bem, eu daria um jeito de escalar Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto, Marlone e Guilherme juntos. São os que estão em melhor forma. É uma possibilidade de velocidade e bom toque de bola. Romero, artilheiro da temporada, é inferior. Uma boa opção para segundo tempo. Gustagol, acho que é banco. Só banco. Se ainda aquele gol que fez contra o Galo, não tivesse sido erroneamente anulado, talvez sua história no clube melhorasse.

A longo prazo? Aí é que a coisa fica feia. Não vejo no Oswaldo, pelo menos nos últimos trabalhos, condição para montar um bom time, principalmente porque não há dinheiro para contratações bombásticas.

No Palmeiras, por exemplo, Oswaldo vacilou muito e não lançou Gabriel Jesus. Jornalista pode ser engenheiro de obra pronta, falar depois do que ocorreu. Eu não disse em nenhum momento que ele deveria ser escalado. Mas eu sou só jornalista. Não ganho milhões e milhões para treinar o time. Oswaldo, sim, pode ser cobrado por não haver percebido que a hora era de Jesus.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.