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Robinho e Diego comandam a seleção do blog. Direto do túnel do tempo

Menon

10/11/2016 09h23

robinho_diego_tvi_20100901Diretamente do túnel do tempo, apresentamos Diego e Robinho. Os garotos mágicos do Santos de 2002 estão mais sérios, mais responsáveis e, 14 anos depois, são os destaques do Brasileiro. Ótimo para eles, que não conseguiram mostrar na Europa tudo o que se esperava deles, mas que tiveram carreira digna e agora são destaques no Brasileiro.

O melhor jogador, para mim, foi Robinho. Jogou como há anos não jogava. Não é mais o rei das pedaladas, mas soube se reinventar. É um armador de fino trato e ainda de boa chegada na área. Diego, seu companheiro no mágico Santos de 2002, foi o condutor do Flamengo. Chegou tarde e mostrou ser imprescindível. Diego e Robinho, como um presente vindo do passado, estão aí comandando a massa.

É isso: vivemos de reciclagem.

O Brasileiro está acabando e fiz uma seleção. Na verdade, duas: a titular e a reserva. O resultado não é agradável, mostra um perfil do futebol que temos no Brasil: veteranos que já brilharam muito, uma grande revelação, outras revelações com menos brilho e jogadores que ficarão por aqui mesmo, sem futuro internacional.

 

Seleção 1  Vanderlei, Victor Ferraz, Mina, Geromel e Jorge, Moisés, Tche Tche, Diego, Diego Souza e Robinho, Gabriel Jesus

Gabriel Jesus é o grande nome, apesar de um final de campeonato decepcionante. É a maior revelação dos últimos anos. Jorge, lateral de alta técnica, segue uma linhagem do futebol brasileiro. Tem bola para chegar à seleção. Moisés é uma surpresa. Depois de anos sem grande sucesso, mostrou-se um jogador moderno, forte e de bom passe. Ótimo na transição. Diego Souza é o jogador mais imprescindível que um time mostrou no Brasileiro. Ele é mais importante para o Sport do que o Messi para o Barcelona. Seu futebol é a diferença entre cair para a segunda e permanecer na primeira. Mina é um zagueiro de altíssimo nível. Joga como Rincón, seu compatriota. Usa o corpo como ninguém. Tche Tche é  jogador moderno, um meio campista verdadeiro, presente em todo o campo. Vanderlei, goleiro seguro e discreto, Geromel, zagueiro duro e Victor Ferraz, lateral que apoia bem, são os coadjuvantes.

Seleção 2  Muralha, Jean, Vitor Hugo, Rodrigo Caio e Zeca, Thiago Maia e Arão, Scarpa, Camilo e Lucas Lima, Fred

O veterano Fred continua sendo um matador de respeito. Faz gols. E isso é fundamental, ao contrário do que disse Parreira. Ao lado do "velho", muitos jovens de presente e futuro, como Rodrigo Caio, Zeca, Thiago Maia e Scarpa. Revelações tardias como Muralha e Camilo, além de Lucas Lima, novamente muito bem. E Jean, como Renato, é daqueles jogadores que pouco falham. Estão sempre acrescentando algo ao time que os contrata. Renato não está aqui, mas seria uma ótima contratação para todos os times do Brasil.

Bem, são as minhas escolhas. As suas serão diferentes, com certeza. Mas duvido que haja uma grande diferença de nível. A minha como a sua refletem nosso Brasileiro: a gente torce, sofre, vibra, mas sabe que falta muito.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.