Inter será ainda mais gigante se enfrentar a CBF

Eu não sou do tipo que tem um time em cada país, em cada estado, em cada cidade. Tenho o meu time e todo mundo sabe qual é: Sociedade Esportiva Vila Braga, lá de Aguaí. Mas, no Rio Grande do Sul, eu tenho, sim, um time. Sempre fui simpatizante do Inter, por Falcão, Figueroa e Carpegiani. Sinceridade? Nem precisava isso, basta ter a cor vermelha e se chamar Internacional.

O Inter caiu. Mereceu cair. Mereceu, segundo minha ótica sentimental, por demitir o maior ídolo do clube após cinco partidas. Não se pode humilhar Falcão impunemente. E mereceu, também, por haver tido respostas erradas para um grande problema. O time começou bem com Argel. Começou a fraquejar, veio Falcão, que não tem como treinador nada a ver com a eficiência que teve como jogador. Mandaram embora e veio Celso Roth, a mesma solução tentada pelo Vasco no ano passado. E, já com a corda o pescoço, chegou Lisca.

Não foram soluções corretas. Deu tudo errado. E está o Inter na segunda.

E cai manchado. Manchado por atuação demagógica e medíocre de seus dirigentes, que tentaram melar o campeonato. Melar o campeonato, aproveitando-se de uma comoção nacional.

Que o novo presidente assuma e que tenha uma postura crítica diante da CBF, porque realmente houve um erro na transferência de Victor Ramos. A CBF permitiu. O Vitória não pode ser prejudicado. Mas o Inter precisa ter coragem para lutar e para denunciar. Não está morto quem peleia. E o Inter tem de pelear contra a CBF, de peito aberto. A CBF é a inimiga do futebol brasileiro. Que o Inter lute de peito aberto e não por baixo dos panos como tentou fazer esse ano.

O Inter caiu.

Viva o Inter.