Drogba, Michel, Felipe, Robinho...De volta a 2010. É o que tem para hoje
No dia 20 de junho de 2010, o Brasil venceu a Costa do Marfim por 3 a 1, em Johanesburgo e se classificou para as oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Os gols foram de Luis Fabiano, dois e Elano. Para a Costa do Marfim, gol de Didier Drogba.
Drogba, que, aos 38 anos pode pintar no Corinthians. Se vier, vai enfrentar novamente Michel Bastos e Felipe Mello, que também participaram daquele jogo e que estão no Palmeiras. Talvez jogue contra Luís Fabiano, que está tentando se recolocar no mercado. Na minha opinião, poderia jogar novamente no São Paulo. E ainda pode encarar Robinho no Brasileiro. Elano, não. Virou auxiliar técnico no Santos de Dorival Jr, depois de se arrastar em campo nas suas últimas partidas como profissional.
Drogba, Michel Bastos, Felipe Mello, Robinho e Luis Fabiano. Todos eles foram ótimos jogadores. Todos cabem em uma mesma escala, logicamente com Robinho Luís Fabiano e o marfinense à frente dos outros. E todos podem jogar bem no Brasileiro. Luís Fabiano tem contra si problemas físicos, mas pode ainda fazer gols importantes, desde que escalado com moderação.
Todas estas contratações são boas. Todas acrescentam. Mas, falemos a verdade: 2010 está muito longe. Faz muito tempo. E todos eles, que ainda são bons, já foram melhores. Deixaram na Europa o seu melhor futebol, em anos recentes. Estão no final da carreira. Gloriosas, dignas e honestas carreiras, mas quem aí vai jogar mais que três anos em bom nível? Só Robinho?
É um retrato do que vivemos. Mandamos para a Europa o craque do ano, o cara que vai ser tendência na década (Gabriel Jesus), mandamos outros jovens menos talentosos, mas no auge da forma física e técnica, como Rodrigo Caio, que ficará pouco tempo e trazemos veteranos.
A solução é uma crise mundial que descapitalize os europeus. Assim, veríamos nossos craques por mais tempo. Como nos anos 60 e 70. Já imaginaram Jairzinho, Gerson, Rivellino, Ademir da Guia, Tostão, Clodoaldo Carlos Alberto e Leão imigrando para a Europa. Fazendo companhia a Caju? E Garrincha? E Pelé? Do nosso período de ouro, apenas Didi esteve por lá. E não teve sucesso. Evaristo foi ídolo no Barcelona e o Real Madrid. Se todos tivessem ido, a Europa teria sido diferente. Ou alguém duvida que Rivellino jogava tanto quanto Platini?
Hoje, é o que tem para hoje. Vamos nos conformar e aproveitar o quanto for possível o sumo fresco da juventude que fica pouco por aqui e o último caldo dos veteranos que encantaram o mundo. Em 2010. Ou antes.
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