Topo

Menon

São Paulo não tinha como segurar Neres. É a tristeza do futebol brasileiro

Menon

30/01/2017 20h22

cofreDavid Neres, oito jogos e três gols marcados, vendido por 15 milhões de euros.

Muito dinheiro, se lembrarmos que Jorge, já com uma partida na seleção principal, saiu por 8 milhões de euros.

Pouco dinheiro, se lembrarmos que ele disputará o Mundial sub-20, o que levaria seu valor às alturas.

Pouco ou muito, não interessa. O São Paulo não tinha o que fazer.

Por que não tinha?

Porque é um time endividado. E um time endividado não tem poder de negociação. É matéria prima. Tem de vender. Aos times brasileiros, resta isso: vender o almoço para poder jantar.

O trabalho de Ceni fica totalmente comprometido. Ele baseou seu trabalho no fato de ter quatro bons atacantes de lado. Para isso, cedeu Hudson e trouxe Neílton, que eu não considero bom.

Com quatro jogadores, ele poderia manter sempre a intensidade, com trocas de jogadores a cada partida. Sai um, entra outro e a intensidade e velocidade continuariam grandes.

O dinheiro irá para pagar dívidas. O orçamento do São Paulo previa a arrecadação de R$ 60 milhões até o final do ano. Ou seja, a teoria do vender o almoço para pagar o jantar já estava previsto no orçamento.

Rogério deverá subir um garoto da base: Caíque ou Murilo.

Enfim, é isso. O futebol não é diferente do resto. Vendemos café, carne, frango…Oque mais? Garoto bom de bola.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.