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Meu nome é Leila, mas pode chamar de retrocesso

Menon

02/02/2017 05h00

Um trator está atropelando o poder de Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras. Atende pelo nome de Leila Pereira, 52 anos e candidata ao Conselho na eleição do dia 11. Em torno dela, juntaram-se figuras importantes do clube, como oe ex-presidentes Mustafá Contursi, Luiz Gonzaga Belluzzo e o ex-ministro Aldo Rebelo. É a "chapa do Mustafá", que vai se aproveitar muito da votação conseguida por Leila, já que a votação é proporcional. Paulo Nobre vai ficar tão isolado, que dificilmente poderá se candidatar daqui a dois anos, no final do mandato de Maurício Galiotte.

O trator Leila é movido a dinheiro, muito dinheiro. Ela é dona da Faculdade das Américas e de mais 11 empresas, que têm um capital acumulado de R$ 2,1 bilhões. As empresa são Sociedade Educacional das Américas S/A (nome da razão social da Faculdade das Américas), Adobe Assessoria de Serviços Cadastrais S/A, Crefipar Participações e Empreendimentos S/A, Borgia Participações e Empreendimentos S/A, Sedona Cobrança e Assessoria S/A, Panda Agência de Publicidade e Propaganda S/A, Agropecuária Arauc S/A, Bamércio Factoring Sociedade de Fomento Comercial S/A, R.L. Participação e Empreendimentos Comerciais S/A, CNV – Empreendimentos Imobiliários S/A, City Táxi Aéreo Ltda e Bamércio S/A Previdência Privada.

Ela também é dona da Crefisa, com capital acumulado de R$ 1 bilhão. Os dados são do Diario do Grande ABC.

O sonho de ser presidente do Palmeiras pode se realizar apenas daqui a oito anos, depois de cumprir dois mandatos de conselheira. Mas sua candidatura é eivada de suspeitas. Ela chegou a dar entrevista no ano passado, dizendo que não é sócia do clube, mas conseguiu passar por cima disso, graças a Mustafá, que avalizou sua candidatura, garantido que ela é socia benemérita desde os anos 90. O marido de Leila, José Roberto Lammachia é sócio desde 1955.

Para impulsionar sua candidatura, Leila, conforme mostram os trepidantes Danilo Lavieri e José Edgar Mattos, conseguiu R$ 1,3 milhão para o carnaval da Mancha Verde, pela Lei Rouanet. No ano passado, já havia doado R$ 250 mil aos sambistas.

Um dos grandes acertos de Paulo Nobre foi afastar-se das torcidas organizadas. Um avanço que deveria ser seguido por outros dirigentes. Agora, vem o retrocesso. Ganhar eleição com dinheiro jorrando – ela bancou a contratação de Guerra e os salários de Barrios – e com a adesão nem um pouco desinteressada da Mancha – é como criar um poder paralelo no Conselho. Sua votação que será extraordinária a levará a tentar antecipar o poder que só poderá exercer de verdade daqui a oito anos. Galiotte, que a apoia agora, poderá sofrer brevemente.

Uma luta de dois milionários – Nobre e Leila – só pode fazer bem a curto prazo a um clube. Mais para frente, poderá trazer de volta a luta fratricida que sempre fez muito mal ao Palmeiras.

picadinhomenon

FRANCA ESTÁ NO BOM CAMINHO – Franca recebe o Paulistano hoje no ginásio Pedrocão. O time dirigido por Helinho Garcia tem 10 vitorias e sete derrotas na competição. Não são números espetaculares, mas eles ganham força quando se lembra que a equipe venceu sete das últimas nove partidas. Uma das conquistas foi contra o poderoso Flamengo, no Rio. A projeção da tabela também favorece Franca, que, até o final do campeonato, fará sete jogos em casa e quatro fora. Hoje, a luta é para ficar entre os quatro primeiros, que entram diretamente nos playoffs. Algo que parecia impossível no início do NBB, pois o clube convive com orçamento pequeno. A solução é apostar em jogadores formados na cidade como Alexei, Cauê, Antônio e João Pedro.

DROGBA, VAGABUNDO DA BOLA – Se o nível continuar baixando assim, vão descobrir petróleo la na Av. Radiantes.

MIMIMI COM VAMPETA – A real é a o seguinte: Vampeta tem o direito de cobrar quanto quiser pelo jogo. A torcida do São Paulo vai se quiser. Se não quiser, vai no Morumbi, contra a Ponte. Só não pode abandonar o time como no Paulistão do ano passado. Não pode ir apenas quando estiver jogando bem.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.