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Tricolor faz a torcida lembrar do passado e sonhar com o futuro

Menon

12/02/2017 18h15

A vitória do São Paulo foi impressionante. Faz a torcida lembrar de glórias passadas e sonhar com um futuro muito melhor do que os anos ruins que tem vivido. Não foi perfeito, é lógico. O time sofreu dois gols e poderia ter levado mais um, logo após o primeiro, o que complicaria muito o jogo. Seria um 2 a 0. Já são seis gols em dois jogos. Mas foi uma vitória impressionante.

O São Paulo pressiona muito. Fez assim contra o Audax, um time preparado para esse tipo de jogo e se deu mal. Jogou assim contra o Moto, fez um gol em dois minutos e tirou o pé. E jogou assim contra a Ponte. Deu tudo certo. Na derrota feia, na vitória inexpressiva e na goleada redentora, o time foi o mesmo. Manteve-se fiel aos conceitos de seu treinador. Treinados exaustivamente.

Luiz Araújo, que perdeu um gol imperdível, foi fundamental para que a pressão existisse. Ele marcou em cima, marcou atrás, deu carrinho, deu caneta, deu passe bom, cobrou escanteio com perícia. Tudo o tempo todo.

Cueva foi o cara que iniciou a virada. A Ponte era, os números tornam difícil acreditar, um time bem postado em campo, com as tais duas linhas de quatro bem definidas. Mas não tem linha de quatro ou de cinco que resista à uma bola enfiada. Foi o que ele fez no segundo gol. Um passe perfeito que quebrou as linhas da  Ponte. Que quebrou a própria Ponte. Foi a virada que havia se iniciado com o próprio Cueva,com um gol de centroavante, aproveitando-se de um rebote de Aranha.

Cueva é toque, é drible, é passe, é briga, é marra. futuro

Gilberto fez três. Gol de centroavante. Ele está lá para fazer gols e foi muito criticado pela falta deles. Agora, não há o que contestar. É uma opção a mais para o time que contratou o ótimo Pratto. Aplaudidíssimo em sua apresentação, ao lado de Jucilei. Olho, que Ceni passa a ter elenco.

Foram os caras do jogo, apesar do belo gol de Thiago Mendes.

Outros jogaram bem, mas o importante é que 50 mil pessoas viram um jogo que guardarão para sempre. Viu um time agressivo, com um ânimo espetacular, com uma presença em todo o campo. Teve 71 por cento de posse de bola. Viu um time que aponta para o futuro e que faz valer a pena a musiquinha que muita gente acha que dá azar e que na verdade nos últimos anos, mostrou-se totalmente longe da realidade. Agora, não. O campeão voltou pode ser entoado, mesmo que títulos não venham.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.