Topo

Menon

Marketing da morte não é uma boa

Menon

15/03/2017 11h15

A Chapecoense, que viu a morte de perto, é um time que celebra a vida. É o símbolo do renascimento. O Boa, que nada sofreu, busca visibilidade atrelando seu nome a um assassino. É o marketing da morte.

Se ainda fosse o marketing do arrependimento, se o assassino estivesse na coletiva gaguejando, com a voz embargada, com lágrimas nos olhos, mentindo, vá lá, mas passando a falsa imagem de quem está sofrendo ou arrependido…

Não. O assassino, com voz firme, repete o que foi treinado. Sobre este assunto, eu não falo. O assunto não é uma falha ou um frango. É uma mulher assassinada, um corpo sumido. Dizem que devorado por cães ferozes

O marketing da morte vem embalado na demagogia da ressocializaçao e da segunda chance. Ora, seria válido após a pena cumprida. Não é o caso. O assassino está em liberdade porque seu recurso não foi julgado. Coisas da justiça brasileira, onde o responsável, muito bem remunerado, senta no processo e deixa o tempo correr.

O Boa é time de empresário. Não liga para esporte, não busca vínculos com a comunidade. Fosse assim, não teria abandonado Ituiutaba, sua terra natal. Foi para Varginha em busca do estádio e de dinheiro. E, em busca de mais dinheiro, une seu nome aí de um assassino. Mais bem faria, se fortalecesse a ligação como ET de Varginha. Este, que veio de longe, não matou ninguém.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.