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O que Ceni, Carille, Baptista e Dorival precisam fazer urgentemente

Menon

03/04/2017 15h12

Bem, já pode criticar treinador? Acabou a quarentena? Foram 12 jogos classificatórios e mais um no mata-mata. É um bom período de trabalho ou precisa mais. As perguntas são pertinentes. No Brasil, é mais pecado falar mal de um técnico do que do Papa Francisco. E olha que ele entende de futebol… Treinadores no Brasil atual alcançaram um status em críticas a eles são consideradas uma afronta à modernidade gerencial do futebol. São defendidos como se estivessem no cargo obrigados. Como se não recebessem salários espetaculares, astronômicos, estratosféricos. Sim, eu sei que são poucos. Mas é destes poucos que eu quero cobrar. Posso?

É preciso tempo, dizem. O campeonato paulista não deve ser levado em conta, é apenas pré temporada, repetem. Não se pode cobrar por resultado e sim por desempenho. Mas desempenho não precisa levar a resultado? Ou o título é só um detalhe?

Sinto afirmar aos nossos treinadores que o prazo acabou. Começaram as decisões e é hora de o serviço ser analisado.

Rogério Ceni pode repetir, a cada entrevista, as estatísticas que quiser, mas a única que interessa a partir de agora é a diminuição drástica dos gols sofridos. Já houve uma melhora nos dois últimos jogos, a partir da efetivação de Renan e de Jucilei.

Fabio Carille não pode mais ser julgado apenas pelos resultados. A não ser que esses resultados levem ao título. Nem um vice-campeonato pode ser aceito se o time mantiver o futebol arrastado, sem imaginação e, pior, sem gols.

Eduardo Baptista precisa fazer o time melhorar na Libertadores. Para o elenco que tem, é muito pouco empatar com o Tucuman e vencer o Wilstermann com um gol aos 47 minutos do segundo tempo. Há um problema claro a ser resolvido: a avenida no lado esquerdo, seja com Egídio ou Zé Roberto.

Dorival é a maior decepção. O time cresceu muito no final do ano passado. Começou 2017 com pinta de campeão (eu o apontei como favorito ao Paulista no início do ano). Era a hora de um novo passo. Após mais de um ano no cargo, o Santos parecia estar pronto para deixar de ser um papa-paulistão para ganhar grandes competições. E está difícil até o Paulista.

Um dos quatro estará salvo de críticas após o final do Paulista. O campeão. A lei da selva é assim. Quem mandou ser técnico de time grande? Está achando duro? Vai dirigir o Audax.

VALDIVIA POR GIOVANNI AUGUSTO É UMA ÓTIMA troca para o Corinthians. Pode ser boa para o Inter, também. Mas a verdade é que o tempo de Givovanni Augusto no Corinthians já acabou. Não deu liga. Ele fomra com Marquinhos Gabriel, Marlone e k
Guilherme, os Quatro Mosqueteiros do Desânimo. São quatro que não passariam no exame para fazer parte do Bando de Loucos. São muito normais para serem corintianos. O que dirá, para ser jogador do Corinthians?

UM SAMBA – Agora vou mudar minha conduta/Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar/Vou tratar você com a força bruta/Pra poder me reabilitar/Pois esta vida não está sopa e eu pergunto: com que roupa?/Com que roupa eu vou pro samba que você me convidou?/Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou? (Com que roupa?/Noel Rosa)

DOMINGO TEM CLÁSSICO NA A-2, reunindo, em Campinas, Guarani e Portuguesa. O Bugre tem 26 pontos e está em quarto lugar, o que lhe garantiria, hoje, um lugar no quadrangular que definirá os dois que subirão. A Portuguesa tem 23 pontos e ainda sonha co o G-4. É difícil, mas como o time conseguiu três vitórias seguidas e como sonhar não paga imposto… Passa na TV, onze da matina.

OUTRO SAMBA – Jura, jura, jura/pelo Senhor/Jura pela imagem/da Santa Cruz do Redentor/pra ter valor a tua jura/jura, jura
de coração/para que um dia/eu possa dar-te o amor/sem mais pensar na ilusão (Jura/Sinhô).

SE FUTEBOL RAIZ É BOM, FLÁVIO CAÇA RATO É mandioca. Umafigura que faz bem ao futebol, principalmente para quem o vê como algo lúdico, fora de padrões rígidos de educação, moral e bons costumes. Roubar gol do amigo, provocar o rival, como faz Felipe Melo, comemorar com alegria, tudo é um bálsamo para esse período careta em que vivemos. Quando uma pancada é punida com a mesma intensidade (nem sempre) de uma festa na hora do gol.

MAIS UM SAMBA – Deixa essa mulher chorar/Pra pagar o que me fez/Zombou de quem soube amar, por querer/Hoje, toca sua vez de sofrer (Deixa essa mulher chorar/Brancura)

 

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.