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Lucão foi a boa novidade do São Paulo

Menon

05/04/2017 21h29

O São Paulo fez uma partida normal, sem brilho e voltou de Buenos Aires com um ponto. Pode decidir em casa, dia 11 de maio, a passagem para a segunda fase da Copa Sul-americana.

Traz na bagagem, além do ponto, duas boas notícias. Pela terceira vez seguida termina uma partida sem sofrer gols. E Lucão jogou muito. Não sofrer gols é um princípio muito importante a ser cultivado, principalmente quando se lembra que o Cruzeiro vem aí, pela Copa do Brasil. E o zero no placar foi uma conquista dos três zagueiros e também de Jucilei, que, uma vez mais, conseguiu dar muita proteção ao time.

Lucão era um dos zagueiros. E teve uma atuação muito boa. Seguro por baixo, firme nas divididas e dando uma contribuição boa pelo alto. Uma notícia importante quando se lembra do quase ódio que a torcida tem por sua revelação. Com 21 anos, Lucão se aproxima de 90 jogos pelo clube. Há boa possibilidade de recuperação do jogador, talvez até para uma possível venda futura. Ele tem currículo pelas seleções de base.

Rodrigo Caio foi ótimo do início ao final. E Breno não ficou atrás. Salvou um gol, com bela cabeçada. O problema não era a zaga, era a pouca projeção dos laterais. Ainda no primeiro tempo, Ceni desmontou a linha para que Rodrigo Caio adiantasse um pouco, juntando-se a Jucilei e João Schmidt, equilibrando o meio campo. A armação ficou por conta de Wellington Nem.

Aí está o problema. Não em Nem, mas no elenco. Sem Cueva, é preciso improvisar. Nem é jogador de lado de campo, um ponta. Aliás, perdeu um gol feito. No segundo tempo, entrou Shaylon em lugar de Breno e Nem foi para o lado. Não funcionou. A expulsão de Buffarini fez com que Shaylon deixasse o campo. Entrou Wellington para formar uma linha de tres volantes, à frente de quatro zagueiros. E tome bola aérea. E tome Rodrigo Caio. E tome Lucão.

O grande problema do São Paulo foi Buffarini, deslocado na esquerda e amarelado logo no início. No segundo tempo, Ceni tirou Chavez e colocou Tavares na ponta e manteve o argentino na esquerda. Talvez se o tivesse colocado na direita, com Araruna no meio e Tavares na esquerda, não houvesse o segundo amarelo. Talvez. Com Buffarini nunca se sabe.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.