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Menon

Palmeiras está voando. Mais que o recomedável

Menon

25/05/2017 15h11

Antes de começar o texto, coloco aqui uma charge do Eder Santos, sobre a goleada contra o Vasco. Por um erro meu, acabou não sendo publicada. O Eder é craque.

A segunda metade do segundo tempo do jogo do Palmeiras foi enganosa para alguém que, sem saber dos números do grupo da Libertadores, ligasse a televisão. Ficaria com a nítida impressão que os  times precisavam de um gol para garantir a classificação. Mais de um gol. E mesmo depois do segundo gol do Palmeiras, era o que o jogo mostrava.

O Tucumán, que precisava de uma virada praticamente impossível, atacava e atacava, sem medo algum. Jogava a vida, que já não existia mais. Era um time digno e valente. E o Palmeiras? Já classificado, com a vitória do Peñarol, também atacava e atacava. Era um jogo com uma intensidade desproporcional às necessidades das equipes.

É lógico que uma vitória seria muito importante para o Palmeiras – toda vitória é – mas eu acho que ela seria conseguida mais facilmente se o time recuasse um pouco e apostasse nos contra-ataques. Se passasse a tocar mais bola, a girar o jogo, a ter tranquilidade em campo.

Tenho dois amigos palmeirenses. Tenho muito mais que dois. Mas vou me fixar nos dois, por conta do modo diferente com que vêm o momento atual do time. Turco Tote, de Santos, já comprou pacotes de viagem para a família toda, rumo ao Mundial. E entrou em um curso de italiano só para provocar os torcedores da Juve, que fará e perderá a final do Mundial para o Palmeiras, é lógico. E vai levar o sogro e a sogra.

Binho Xadrez mora no Maranhão. É enxadrista, toca bongô em uma banda de reggae e é modelo plus size. Ele está animado também, mas tem muitas preocupações. Para começo de conversa, acha um erro enorme o Palmeiras jogar com Jean e Zé Roberto nas laterais, com apenas um volante de contenção. Acha que o time fica muito vulnerável, como no jogo contra o Tucumán. Bem, acho que o Cuca concorda com ele, porque no segundo tempo, colocou Jean no meio, com Tchê Tchê e Thiago Santos, com Fabiano na lateral e Guedes no banco. Fortaleceu o meio.

Meu amigo também se preocupa com Guerra. Ele é fã, chegou a comprar uma bandeira da Venezuela, considera Guerra muito técnico, mas….tem saudades do Moisés. "Com Guerra, o time ganha mais talento na condução, passe e viradas de jogo, mas Moisés deixava o time mais forte no meio e permita mais liberdade a Tchê Tchê, que, sem ele, caiu de produção".

Ele também considera que Borja está sendo prejudicado porque pedem que ele faça um trabalho como o de Gabriel Jesus, com muita movimentação e saída da área. Não é a dele, um jogador forte e de área. Para fazer essa função, Willian tem rendido bem mais.

E eu? Fico no meio. Não vejo tantos problemas assim. É preciso lembrar que houve troca de treinador. Cuca é muito mais intenso, aposta muito mais no contra-ataque do que na posse de bola. Então, há acertos a fazer.

E há duas verdades que considero inquestionáveis.

  1. O Palmeiras é um dos favoritos ao título
  2. O Palmeiras sofreu mais do que deveria, em razão do elenco que tem. Não houve uma vitória fácil.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.