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Corinthians deve pensar no que é melhor para ele. E salvar o São Paulo

Menon

17/03/2019 10h12

Há 15 anos, o São Paulo venceu o Juventus por 2 x 1 e, em consequência do resultado, o Corinthians deixou de cair para a segundona do Paulista.

Hoje, a situação é diferente. O Corinthians enfrenta o Oeste e depois o Ituano, dois times que podem tirar o São Paulo da segunda fase do Paulistão.

Eu não acredito que times grandes "entreguem" jogos para prejudicar rivais. Não apenas pela honestidade. Mas porque é impossível fazer algo desse tipo e ninguém descobrir.

É um pacto que envolveria muita gente. No mínimo, o presidente, o treinador e mais onze jogadores. Todos aceitariam? Ninguém abriria o bico? Nenhum jornalista descobriria?

E, no caso atual, há o pragmatismo. Imagine o imaginável. Imagine que o Corinthians quisesse escolher o adversário mais fraco para as fases seguintes. Quem seria? Ituano, Oeste ou São Paulo?

São Paulo, é claro. Esqueça camisa, tradição ou torcida. São importantes, mas há muito não funcionam com o São Paulo. Hoje, ele é mais fraco que Oeste e Ituano. Em pouco tempo deixará de ser. Hoje, porém, não há dúvida.

O São Paulo paga por uma série de erros na montagem de elenco e por inação.

O time precisava de um segundo volante, com saída de bola. Tentou Arão. Não conseguiu. Trouxe Farias, de estilo completamente diferente, reserva de Luan e Hudson. Talvez de Jucilei.

Contratou Biro Biro. QUATRO anos de contrato. QUATRO.

E a inação? Bem, faz um mês que o time foi eliminado da Libertadores. E o que foi feito até agora para renovar o time, para deixá-lo mais forte? Nada, a não ser a doação de Diego Souza e Araruna.

As coisas irão melhorar. Mas, por enquanto, Oeste e Ituano são mais capazes de uma surpresa do que o São Paulo. Mas voltas que a vida dá, o São Paulo nem zebra é. É freguezaço.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.