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Bahia, a Esfinge, devora o São Paulo

Menon

22/05/2019 23h54

"Decifra-me ou te devoro", dizia a Esfinge de Tebas. E quem não acertasse a resposta para o enigma era estrangulado. "Qual animal tem quatro pés de manhã, dois ao meio dia e três ao entardecer?"

O Bahia veio a São Paulo e propôs um enigma ao São Paulo. Vou me fechar com duas linhas de marcação e jogar com velocidade no contra-ataque. No final do jogo, vou reafirmar a proposta com jogadores mais descansados.

O São Paulo jogou 180 minutos, utilizou 19 jogadores, não fez um gol sequer, empatou o primeiro jogo e foi devorado no segundo.

A CRISE VEM AÍ

O enigma do Bahia é básico no futebol. Como decifrá-lo?

Bola na área, por baixo ou por cima, para um pé ou cabeça salvadores?

O São Paulo não tem centroavante.

Chutes de fora da área?

O São Paulo utilizou pouco.

Jogadas de linha de fundo?

Só apareceram nos acréscimos.

Assim, não dá. Não deu.

O que se viu foi muito passe curto por dentro, perto da área. Pato, Igor Gomes, Toró, Tchê Tchê, Nenê e até Éverton e Igor Vinícius jogavam por ali. Nada de linha de fundo.

Quando já estava perdendo, houve um lance emblemático. Igor Vinícius saiu rapidamente da defesa. Antony esperou no meio do campo. Igor entregou a ele, que se deslocou para o meio. E Igor ficou na frente, esperando um passe longo.

E o São Paulo foi estrangulado com 66% de posse de bola.

Belaroba, grande coisa, diziam vó Stela e Tia Glorinha.

PS – A resposta para o enigma da esfinge era: o homem. Na infância, anda de gatinhas, depois caminha ereto e, na velhice, usa uma bengala.

E o enigma do Roger? Se quiser saber a solução, não pergunte ao Cuca.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.