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Menon

Rei Lionel ressuscita o Barcelona

Menon

12/03/2013 19h42

Sou um fã tardio do Barcelona. Era reticente ao toc-toc contínuo e à posse de bola latifundiária. Era bonito, lindo, mas parecia um pouco com handbol. E me lembrava o estilo argentino (também colombiano) de futebol, o toco e saio, sempre dois ou três jogadores próximos uns do outro, saindo de situações difíceis com passes curtos e perfeitos. O que mais eu queria? Se fosse possível, um pouco de jogo em profundidade, variação de ritmo e drible.

Se não era tão alucinado como companheiros que viam no Barça o maior time da história, nunca fui adepto de teorias surgidas após resultados. O Barça morreu, anunciaram muitos, após duas derrotas para o Real e uma outra, por 2 a 0 para o Milan.

Não morreu. E, se tivesse morrido, teria ressuscitado hoje com os 4 a 0 sobre o Milan. Um jogo quase perfeito. Nâo fosse o erro de Mascherano, que deixou Niang na cara de Valdes quando o jogo estava 1 a 0. Ele chutou na trave e dois minutos  depois, Lionel Messi faria seu segundo gol no jogo. Com 2 a 0, foi fácil construir a goleada no segundo tempo. Houve pressão do Milan após o terceiro gol do Barça, mas os italianos não conseguiram chutar em gol. Na melhor chance, Alba travou Robinho.

No final, Alba fez o quarto.

Foram múltiplos Barças em campo.

1) No início, após algum tempo sem atacante de referência, lá estava David Villa. Daniel Alves na direita e Pedro na esquerda. E Messi. A defesa se virava com Pique, Mascherano e Alba. No meio, Busquets, Iniesta e Xavi.

2) Com o chileno Alexis Sanchez em lugar de Davi Villa, o time buscou mais velocidade e Messi teve mais espaço para jogar, buscando a área.

3) Com 3 a 0, Daniel virou lateral, fazendo uma linha de quatro com Piqué, Mascherano e Alba.

4) Para reforçar ainda mais, fez-se a linha de quatro natural, com Puyol em lugar de Mascherado.

5) E um Barça cauteloso, apostando no contra-ataque, formou-se com a entrada de Adriano, em lugar de Pedro, formando uma barreira de cinco jogadores atrás.

6) E o Barça, do toque de bola intenso, garantiu a vaga com um contra-ataque de três toques.

Um time que dominou desde o início, fez gols no começo e no final dos tempos e venceu, dando um recado ao mundo. "Estamos vivos".

E, sob o comando do rei Lionel Messi, é bom não duvidar de novas conquistas.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.