Lúcio F.C foi mesquinho e egoísta. Pensa que é Deus
Lúcio era um dos mais importantes dos fanáticos religiosos que transformaram a seleção brasileira em "garota propaganda" de suas convicções. Agora, subiu de nível. Em vez de profeta, está se achando o próprio Deus.
Sua atitude no jogo contra o Arsenal de Sarandi foi de alguém que se acha intocável, inquestionável, o rei da verdade. Mais do que isso, ele foi ridículo e egoísta ao deixar o campo como deixou, sem cumprimentar o amigo que o substituía e sem ficar no banco de reservas torcendo, como fez Douglas, substituído na mesma hora.
Lúcio, no alto de sua arrogância, tirou as caneleiras e foi correndo para o vestiário. Ele, o pentacampeao, não pode dar lugar a outro jogador sem um chilique desses?
No vestiário do Arsenal havia alguma televisão para ele acompanhar o jogo? Para ver como o time conseguia sair da má situação que vivia? Se havia, será que ele se dignou a ver o desenrolar do jogo?
Imaginemos a cena final. Rogério Ceni, 15 anos como titular, referência do time, já em fim de carreira, entra no vestiário e se encontra com Lúcio. O que o zagueiro falaria? E aí, Rogério, quanto foi o jogo? Ganhamos? Perdemos?
Lúcio, aos 34 anos, estava abandonado na Europa. Praticamente não jogou nos últimos seis meses. Carta fora de baralho na Europa, onde, diga-se a verdade, construiu uma carreira brilhante e sólida. À beira da aposentadoria, recebe um convite de um dos grandes clubes do Brasil. Entre Lúcio e São Paulo não há comparação. Asssim como não há comparação entre Lúcio e pelo menos 30 clubes brasileiros.
Recebe o convite para deixar o ostracismo. E aceita rapidamente. O clube, além de confiar em seu futebol já em fase final – não fosse assim, faria um contrato maior que o de dois anos que foi firmado – confiava também em um velho jargão do futebol: jogador de passado brilhante deixa a Europa e vem ao Brasil para encerrar a carreira. Além de jogar bola, pode passar confiança e experiência aos mais novos.
Só que Lúcio não é Toninho Cerezo. É só o Lúcio. Não estava jogando mal, mas também estava longe de jogar bem. Comportou-se como um bobinho ao dar uma cotovelada em Valdivia.
E no jogo em que precisava mostrar têmpera, dignidade, em que precisava comandar a defesa, orientar os companheiros, não fez nada disso.
Quem mandou a diretoria acreditar que ele fosse algo mais do que isso? Era só lembrar que ele deu uma cabeçada em Roger, quando ambos defendiam a seleção. Estavam no mesmo time.
Será?
Lúcio é apenas o capitão do Lúcio F.C
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.