Sem time não dá, Paulo Nobre. Pense no Corinthians
O presidente Paulo Nobre não pode ser cobrado pela situação em que pegou o Palmeiras, após a admistração Tirone-Frizzo. Também é claro que não teve tempo para mudar o que estava errado. Mas, pode ser criticado, sim, pelo modo como escolheu para tirar o time do fundo do poço.
Nada contra planejamento. O fato de Brunoro haver encomendado um balanço total do clube e, a partir daí, tomar medidas saneadores é perfeito. Aliás, nem precisava disso para terminar com aquele famigerado time B. Um amigo palmeirense, muito querido, fala disso há tempos.
Tudo bem, mas Paulo Nobre e Brunoro não podem se esquecer de uma coisa: ter um time digno é fundamental para que medidas saneadores possam dar certo. Um bom time traz a torcida. Traz amor e parceria. E traz dinheiro. O que faz com que o time melhore, o que faz com que a instituição seja sanada mais rapidamente.
Quem está lendo até aqui tem o direito de perguntar em que escola eu fiz o curso de gestão empresarial. Em nenhuma. Aprendi essas coisas em 2008, quando cobria o Corinthians, que vivia momento parecido. Andrés Sanchez foi se consultar com dirigentes do Barcelona e eles disseram: não se esqueça nunca do time. É preciso um time forte durante o período de transição.
Ele contratou Mano Menezes, que indicou jogadores de bom nível. Alessandro é titular até hoje. Chicão está aí. André Santos foi vendido para Turquia. Elias foi para a Espanha. Felipe, bem, prefiro o Fernando Prass. Há outros bons exemplos de como o Corinthians fez um time que agradou à torcida.
Brunoro defende o cinco por um com o Grêmio dizendo que o Palmeiras não tinha dinheiro. O mesmo no dois por um que levou Luan para o Gremio.
O resultado disso, qual é ? Vejamos os atacante do Palmeiras: Patrick Vieira, Kléber, Vinícius, Caio, Leandro e Rondinelli. Dificilmente os cinco juntos farão mais gols do que um grande artilheiro do Brasil. No final do ano, não chegarão a 40, 50, vá lá, gols. Sem gols não se vence.
Além deles, há muitos jogadores "iguais". Se um joga, a torcida pede outro. Se o outro joga, a torcida pede aquele que estava. Sim, é difícil escolher entre Marcelo Oliveira e Juninho. É duro optar entre Márcio Araújo e Charles. E outras escolhas de Sofia.
Apostar nesse time atual é se contentar com pouco. Ficar entre os oito do Paulista, brigar na Libertadores e subir para a série A do Brasileiro.
Se tudo isso acontecer, desse jeito, sem brilho, vai ser difícil o torcedor ficar contente.
Ficará, no máximo, aliviado.
E a mistura de time fraco com torcedor aliviado não ajuda em nada na reconstrução da instituição Palmeiras, como o senhor prometeu.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.