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Neymar foi a boa notícia. Júlio César, o melhor

Menon

21/03/2013 18h49

Se não fosse Júlio César, a Itália venceria o jogo. O goleiro fez defesas de alto nível, a maior delas quando fechou o ângulo de Balotelli, impedindo a virada. Foi um jogo de contrastes. A Itália, com um meio-campo de muito toque de bola – Pirlo, De Rossi, Montolivo – e o Brasil utilizando o contra-ataque mais do que mostra a sua história.

Se o resultado foi injusto – e foi – o Brasil pode comemorar a boa atuação de Neymar. Foi perfeito na jogada do segundo gol, quando carregou a bola de seu campo até a área da Itália, quando a cedeu, com mel e açúcar para Oscar dar um toque de total desprezo na bola. No primeiro gol, fez uma invertida de bola espetacualr da esquerda para a direita para Hulk. Ele errou o cruzamento, mas Filipe Luiz consertou e Fred marcou.

Hulk errou muito. Só saiu no final do jogo, dando lugar a Jean, que juntou-se a Hernanes e Fernando na luta para impedir a virada. Felipão estava tentando ali "corrigir" uma postura muito ofensiva da seleção em todo o jogo.

O Brasil tinha Fred na frente, Hulk, Oscar e Neymar na armação e as chegadas de Hernanes. A defesa ficou muito aberta, com a marcação, muitas vezes, restria apenas a Fernando. Houve ainda muitos erros de passe. O segundo da Itália saiu de um passe errado de Oscar.

Foi um belo teste, um jogo entre campeões do mundo. Felipão deve estar procruando soluções para problemas que, pelo menos ontem, tiveram nome e sobrenome: Daniel Alves e David Luiz. E Hulk, é lógico.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.