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Tolói erra e define o clássico

Menon

31/03/2013 18h21

Já há certo tempo eu me incomodo com a dimensão que se dá, quando o assunto é um jogo de futebol, à atuação de treinadores e árbitros. Jogadores ficam em segundo plano. Eu me lembro de um comentário antológico de João Saldanha em um jogo que o Brasil ganhou por 3 a 0 da Iugoslávia em que Zico jogou muito. "O Brasil ganhou porque Zico se chama Zico. Se ele se chamasse Zicovic, a Iugoslávia venceria". É isso. O jogador é que decide. Deveria ser mais louvado e também mais criticado. 

Se Toloi – e olha que ele estava jogando muito bem – estivesse na zaga do Corinthians, o São Paulo venceria o jogo. A sua atrasada para Rogério Ceni foi ridícula. O fato de o goleiro chegar depois de Pato na bola é totalmente normal. Para mim, foi pênalti, para outros não foi, mas pouco se fala de quem errou feio na jogada.

O jogo foi igual, com os dois times jogando muito pelo centro do campo. Injustificável, quado se lembra que os dois primeiros gols saíram de jogadas pelo lado do campo. Importante é buscar sinais do que essa partida de ontem pode trazer para Corinthians, que enfrenta o Millonarios na Colômbia e o São Paulo, que, em situação complicada, pega o Strongest na Bolívia.

1) Alessandro e Fábio Santos precisam apoiar mais. Quando ficam atrás, como ontem, há poucas jogadas pelo lado. Depende muito de Paulinho, que não brilhou ontem.

2) Com Pato em lugar de Guerrero, o Corinthians ganha  velocidade. Com Pato em lugar de Sheik, o Corinthians ganha técnica. Para mim, Pato deve ser titular, juntamente com o peruano.

3) O São Paulo, com Maicon, Ganso e Jadson mostrou um toque de bola muito bom. O acerto de passes e a cadência do jogo podem ser muito úteis contra a altitude.

4) Time precisa acertar o último passe. Contra o Corinthians, com Luís Fabiano, não deu certo. Contra o Strongest, deve jogar Aloísio. Não sei se vai melhorar.

O clássico vai ficar rapidamente na saudade. Não vai marcar. A semana é de Libertadores.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.