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Palmeiras, Calçade, Daniel e o delegado trapalhão

Menon

02/04/2013 23h16

1) O Palmeiras recuperou – até o próximo vexame – o amor e a confiança de sua torcida após a vitória sobre o violento Tigre. Ganhou fácil e mostrou um futebol de muita entrega. Muita vontade em campo e uma partida espetacular do Vinícius, que veio do banco. Se vencer o próximo jogo, o time assume a liderança do grupo e deixa encaminhada a classificação para a segunda fase. É um time jovem e aguerrido e que pode fazer muito sucesso na Série B. Alguns jogadores podem se firmar, mas para sonhar mais alto, é necessário investimento e craques. Por enquanto, a torcida está feliz. Mas, sempre há o risco de nova derrapada.

2) Trabahei com o Paulo Calçade há mais de 20 anos, lá no Diario Popular. Eu admirava o texto do Paulinho, que era muito enxuto. Texto bom é o que não tem excessos, é aquele difícil de cortar. Ele era assim. Ainda é, tenho certeza, é só ler os textos atuais. Mas, Daniel Alves tirou o Calçade do sério. O passe de três dedos para Messi o entusiasmou: "Passe espetacular do Daniel para a magnífica canhota do Messi. Uma jogada de técnica absurda". Estava certo o meu amigo. Como negar adjetivos diante daquela "rosca"? Jogada típica de brasileiro. Brasileiro servindo um argentino ou vice-versa é o suprassumo do futebol. Merece o entusiasmo do Calçade.

3) Nunca tive entusiasmo pelo dirigente Mário Gobbi. E nem é tanto por culpa dele. Nenhm dirigiente me entusiasma. Se houvesse uma cláusula que obrigasse os times europeus que contratam um craque brasileior a levarem um cartola junto, em pouco tempo eles acabariam com o futebol europeu. São muito ruins. Mas quem me decepcionou foi o delegado Mario Gobbi. Quer dizer que estar preso sem julgamento é algo mais grave do que a morte? Essa frase idiota dá medo. O que se pode esperar de um delegado desse tipo? Onde está o respeito aos direitos humanos?

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.