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Palestrino Leandro está virando ídolo. São-paulino Wellington se recupera

Menon

07/04/2013 20h50

O garoto Leandro está fazendo alguns palmeirenses acharem que a a sua vinda já valeu a saída de Barcos. Rondinelli, Leo Gago e Vilson seriam apenas complemento. Brincadeira, é claro. O que tem muita gente considerando é que ele e o argentino fariam uma grande dupla no ataque do Verdão.

Leandro é rápido, toca bem e finaliza com precisão. Bom para um atacante, não? Mas não é só isso. É jovem, capaz de fazer um gol em Santa Cruz de la Sierra no sábado e outro em Campinas no domingo. Não se machucou até agora, não tem problemas físico, enfim, é um trabalhador 100%, não falta nunca.

Tem mais. Leandro é palmeirense. E para o palmeirense, a história será contada assim: o garoto estava no bem bom lá no Grêmio e aceitou vir jogar a segunda divisão com a gente. Não é bem assim, mas é o que vale. Ele deixou o Grêmio porque não tinha chances de jogar. E apostou em dar uma levantada em sua carreira em um outro time. Sorte que é o time de seu coração.

Somando tudo isso – o bom futebol, o amor pelo time e o fato de aceitar a segundona – à carência que o torcedor está sentindo, está formado o caldo de cultura para que se crie um novo ídolo. Leandro tem boas possibilidades de fazer mais que os 28 gols que Barcos fez no ano passado. Vai ser um grande destaque na Segundona. 

Para se firmar, porém, é preciso evoluir sempre. Vejamos o caso de Wellington, do São Paulo. Garoto vindo da base, sofreu uma contusão grave e algumas ótimas partidas. Em um de seus primeiros jogos, anulou Conca, então grande destaque do Fluminense. Estavam aí os elmentos para se firmar e virar ídolo.

Não deu certo. É um jogador útil, sem dúvida, mas – e ele mesmo reconhece – não aprendeu a apoiar, chutar e cabecear (o que pode ser perdoado), que são qualidades imprescindíveis para um volante moderno.

Contra o Botafogo, ele deu um passo rumo à redenção. Aproveitou-se que havia apenas 19 jogadores em campo – 10 do São Paulo e nove do Botafogo – e não se intimidou ao ver um grande latifúndio à sua frente. Pegou a bola e foi para o ataque. Chegou perto da área do Botafogo, tocou para Aloísio e se apresentou para fazer o gol. Perfeito. Aloísio preferiu finalizar, mas a jogada de Wellington foi a melhor do jogo.

Foi um sinal de que pode melhorar. Pode crescer. Não deve ficar sempre restrito a carrinhos e passes curtos, o cardápio básico de volantes que passam pelo futebol e são lembrados apenas pelo suor deixado em campo e por um ou outro cartão vermelho.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.