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Rafael coloca Santos perto da quinta final seguida

Menon

27/04/2013 18h47

Em 90 minutos, Bruno deixou de ser o vilão palmeirense e impediu, com ajuda de Neymar, a vitória do Santos. Kleber fez seu primeiro gol com a camisa verde, empatou o jogo e também caminhou para a redenção junto à torcida. Mas esse jogo não acabou em 90 minutos. Nos pênaltis, Rafael foi quem brilhou, fez duas defesas e classificou o Santos. Kleber, dirão os mais amargos, voltou ao normal. Errou sua cobrança e é novamente o vilão. Leandro também errou, mas ele tem crédito.

O jogo teve um ritmo lento no primeiro tempo. O Santos apostou no toque de bola e o Palmeiras na marcação, com os volantes Márcio Araújo, Leo Gago e Charles. Wesley era meio volante meio armador, mas só cumpria bem a primeira função. Com a bola dominada, o Palmeiras tentava lançar Vinícius, que jogava em cima do improvisado Alan Santos.

Bastou Neymar se colocar mais pela esquerda do campo, partindo para cima de Airton, que tem futebol de jogador improvisado, para o Santos melhorar. Foi ali, pela esquerda, que saiu o primeiro gol, com o chute cruzado de Neymar, que o  bico da chuteira de Cícero colocou para dentro. 

O Santos passou a apostar no contra-ataque e teve  chance de fazer o segundo. Neymar falhou ou Bruno defendeu? Os dois. Neymar não estava bem como sempre e Bruno foi um gigante. Maurício Ramos também salvou um gol e o Palmeiras foi para o intervalo com a certeza de que poderia ter sofrido mais gols.

Gílson Kleina poderia colocar um meia em lugar de Wesley ou de um dos volantes, mas preferiu vir com Kleber centralizado no ataque, abrindo mão de Leo Gago. O time ficou com três atacantes, mas a armação de jogadas continuou frágil. As coisas, para o Palmeiras só melhoraram quando Souza entrou e deu um pouco mais de toque de bola ao time.

Muricy tirou Allan Santos, que esteve mal no jogo, e colocou o zagueiro Neto. Ele ficou pela direita, revezando-se com Arouca na marcação de Vinícius. Kleina, então, colocou Maikon Leite em lugar de Vinícius e o Palmeiras foi crescendo. O Santos perdeu mais uma chance incrível e, então, Souza cruzou para o gol de Kleber.

Foi justo o empate nos 90 minutos, mas a verdade é que, se o Palmeiras vencesse, muita gente recorreria ao velho clichê do "quem não faz, toma". Assim, não há o que reclamar. Rafael fez a diferença e a vaga é do Santos.

O caminho está aberto. Não haverá clássico na semi. O Santos está perto, mas precisa jogar mais. Do jeito que esta, se ganhar o título, será um campeão "esquecível".

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.