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Menon

Mau futebol do Corinthians preocupa mais que a derrota para o Boca

Menon

02/05/2013 00h06

A Bombonera pulsa. A Bombonera treme. A Bombonera fala. Mas a Bombonera não joga sozinha. E, nesse momento atual do futebol do Boca, a Bombonera é apenas uma lenda. O time de Bianchi é nitidamente uma equipe em formação e sem a certeza de que vai chegar a algum lugar. Não tem velocidade e não tem toque de bola. Tem a Bombonera.

E o Corinthians perdeu para a Bombonera. Respeitou demais o mito. Deixou que ele impressionasse e foi apático para derrubá-lo. Depois de um primeiro tempo sem emoções, truncado – não por jogadas bruscas mas por erros constantes – em que não foi atacado, voltou para o segundo de uma maneira apática e sem nenhuma de suas virtudes tão conhecidas. 

Sofreu o gol aos 14 minutos e não soube se impor. Era uma nova partida, precisava ser uma nova partida, com outro ritmo pos aquela morosidade do primeiro não interessava mais. O 1 a 0 é um mau resultado. Tite sabia disso, os jogadores sabiam disso, mas não houve mudança de postura.

Cássio fez uma bobagem homérica ao sair da área com a bola na mão. Houve muitos erros de passe e nenhuma profundidade. A única boa jogada corintiana foi um contra-ataque puxado por Romarinho. A bola chegou a Guerrero, que acertou a trave.

Como prêmio, Romarinho foi substituído por Pato, que mal tocou na bola. O Corinthians só foi Corinthians nos momntos finais, quando Ledesma havia sido expulso. Houve uma certa pressão, com bolas levantadas na área, mas sem levar muito perio a Orion.

O Corinthians é mais time que o Boca. Pode vencer o jogo na semana que vem e caminhar rumo à defesa de seu título. Mas é preciso jogar mais. Não vai ter Bombonera, o Boca é fraco, mas se jogar tão mal e tão sem atitude, tudo pode se complicar.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.