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Menon

O presente goleia o passado

Menon

09/05/2013 00h11

Não foi apenas a vitória de um time muito superior tecnicamente sobre outro. Foi a vitória de um time contemporâneo sobre outro ultrapassado. O Atlético dominou desde o primeiro minuto, goleou por 4 a 1, expôs a fragilidade de muitos jogadores do São Paulo e deixou o adversário à beira de uma crise.

O Atlético jogou com Ronaldinho na armação e três atacantes: Bernard, Tardelli e Jô. O São Paulo veio com cinco no meio-campo: Denílson, Wellington, Jadson, Ganso e Douglas. Cinco contra três. E o Galo dominou o meio-campo como se tivesse 15 jogadores no setor. Qual a explicação?

É impressionante como Bernard e Tardelli voltam para a judar na marcação. Para fazer a recomposição, como se diz. Um time moderno, com setores que se auxiliam e se complementam. E com dois volantes fortes na marcação e que aventuravam no ataque.

O São Paulo, além dessa deficiência tática, foi de uma pobreza técnica de dar dó. Só para falar do final do jogo, com os lances ridículos de Wellington e Carleto. Wellington perdeu jogo de ombro para Ronaldinho. Simulou uma queda ridícula. Carleto fez falta forte em Rosinei e levou um tapão na cara. Em vez de reagir, caiu ao chão. Medíocre.

O primeiro tempo terminou 1 a 0 e o São Paulo deveria agradecer. O Galo merecia mais. No segundo tempo, Ney Franco veio com Silvinho para diminuir o isolamento de Luís Fabiano. Um jogador desconhecido estreia em um jogo decisivo em uma situação calamitosa. Planejamento?

Houve uma chance para o São Paulo, mas o gol não saiu. O Atlético continuou dominando, pressionando e aí Edson Silva e Rafael Toloi erraram como principiantes varzeanos. Com os dois gols, ficou evidente que haveria uma goleada humilhante. Ainda houve o quartol, quando Ronaldinho ganhou o jogo de corpo de Wellington. O São Paulo diminuiu graças uma falha grotesca de Vitor.

É um timaço o Galo de Cuca. É um time ainda em formação, com muitos jogadores fracos, o São Paulo de Ney Franco.

Adalberto Batista disse, após o jogo, que Ney Franco continua. Nem sei se é certo ou errado, apesar de não entender sua fixação pelo futebol de Douglas. Clara é a necessidade de dois laterais, um zagueiro e um volante. Titulares. E de um atacante para a reserva. Se não for assim, novos vexames virão.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.