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Fábio Koff afasta "bruxo" de Luxemburgo

Menon

27/05/2013 15h01

No Rio Grande do Sul usa-se muito a gíria "bruxo". No bom sentido, é o amigo, o companheiro e no mau sentido, com ironia, é a curriola, o parceiro, o peixe. Não se sabe o sentido que Fábio Koff usou, mas deixou claro a Vanderlei Luxemburgo que não aceitaria seu pedido pela manutenção do "bruxo" André Santos.

O treinador pediu, insistiu mas Koff não cedeu. André Santos voltou ao Arsenal e Luxemburgo tem de se virar com Alex Teles, que veio do Juventude para a base do Grêmio e fez bons jogos.

André Santos não é o único "bruxo" de Luxemburgo criticado pela torcida e pela imprensa. As críticas, como é comum e em todo o mundo, aumentaram bastante depois das eliminações no campeonato gaúcho e na Libertadores. Quem mais colocou a credibilidade de Luxemburgo em xeque foi Cris. Com 35 anos, pesado e lento, foi expulso duas vezes na Libertadores e nada acrescentou. Luxembrugo tentou colocar panos quentes, falou que Cris é "experiente" e não veterano e que estaria se readaptando ao futebol brasileiro. Não adiantou. Cris é odiado e o titular agora é Bressan, que veio com Alex Teles do Juventude.

Há mais críticas. Fábio Aurélio, revelado pelo São Paulo e que atuou muito tempo no Liverpool, chegou ao Grêmio atendendo a pedidos de Luxemburgo. Contundido, não conseguiu jogar. E ganha um salário alto, de nível de craque que brilhou no futebol estrangeiro. Só que não joga.

As críticas a Luxemburgo chegam ao exagero das teorias de conspiração. Para escalar Welliton, que trouxe do Spartak de Moscou, Luxemburgo teria forçado a saída de Marcelo Moreno, William José e agora, de Kleber.

Sem alguns de seus "bruxos", Luxemburgo tem uma chance a mais de mostrar aos gaúchos que ainda é um técnico vencedor. A dúvida da torcida é grande. Já não se sabe se o "pacote" Luxemburgo vale a pena.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.