Topo

Menon

Arrogância de Sóbis é só mais um vexame brasileiro na Libertadores

Menon

30/05/2013 11h28

Fim de jogo, o Fluminense tenta um milionésimo chuveirinho, a defesa do Olimpia rebate pela milionésima primeira vez e termina o jogo. O Olímpia está na semifinal e espera o Galo, favorito hoje contra o Tijuana. Rafael Sóbis vai dar entrevista e fala o óbvio do óbvio. "Perdemos para nós mesmos".

Quanta arrogância, não? Os times brasileiros vão para a Libertadores como se a vitória viesse por decreto, como se fosse a ordem natural das coisas. Afinal, somos brasileiros e eles? São catimbeiros, pancadeiros, violentos, caras de índio, bobões, mostram a línga e falam de um jeito estranho. 

O torcedor brasileior vê os jogos da Liga dos Campeões e acha tudo ruim na América do Sul. Onde já se viu ver jogo em pé? Onde já se viu jogar futebol em estádios e não em arenas? Sentem-se superiores mas eles e seus clubes proporcionaram os maiores vexames da competição.

1) Um corintiano matou um garoto boliviano de 14 anos de idade.

2) Alguns palmeirenses bateram em seu goleiro, em um aeroporto argentino.

3) O São Paulo quase foi eliminado por um time do frágil futebol boliviano. E depois foi humilhado pelo Galo

4) O Grêmio, time de técnico milionário e elenco milionário, foi eliminado pelo Santa Fé.

5) Abel Braga, técnico do Flu, não sabia dizer se era melhor empatar ou perder um jogo.

6) A PM de Minas tratou barbaramente os jogadores do Arsenal de Sarandi. Partiram para a agressão e se surpreenderam com a reação dos argentinos. Comportaram-se como torcedores do Atlético.

O Galo é o que restou dos seis brasileiros que iniciaram a competição e conseguiram 100% de sucesso na primeira fase. Até agora foi um ótimo representante do futebol brasileiro, exceção àquelas comemorações belicistas de Ronaldinho Gaúcho. Mas isso é aceitável. 

É bom entender que a Libertadores é uma competição difícil e que há adversários de respeito na América do Sul. Arrogância, violência e desinformação são inimigas desse entendimento tão simples.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.