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Menon

Importante vitória por 3 x 0. Mas não é a revanche de 98

Menon

09/06/2013 18h11

O Brasil venceu a França por 3 a 0, mesmo placar com que foi derrotado na final da Copa de 98. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, é preciso deixar claro. O time brasileiro mostrou evolução, mas ainda está longe de ser o ideal para vencer um Mundial. Mas como ainda falta um ano para o início da nossa Copa, é importante comemorar a vitória sobre um campeão do mundo, coisa que não acontecia desde 2009.

Algumas observações sobre o jogo

1) Neymar não brilhou uma vez mais. Jogou pelo lado esquerdo, como gosta, mas pouco fez. Tomara que seja só timidez, isso tem cura. O que não pode ser é falta de atitude.

2) Os três gols foram em contra-ataque, o que demonstra uma boa postura defensiva e uma transição com qualidade. Coisa importante, principalmente para o estilo de jogo que Felipão gosta.

3) Scolari trocou Luiz Gustavo por Fernando, o que demonstra pouca possibilidade de aposta em uma dupla de volantes marcadores e talentosos como Paulinho e Hernanes. Scolari não vai abrir mão de um marcador "puro".

4) Hernanes jogou bem. Fez um gol e deu um passe muito bom para Bernard. Acho que a possibilidade maior de ele ganhar um lugar no time será formando um trio com Luiz Gustavo e Paulinho.

5) Lucas foi bem no contra-ataque do segundo gol, consertando um passe errado de Paulinho. E teve personalidade de pedir a bola e cobrar o pênalti. Pode estar começando a mudar de status no grupo.

6) Scolari acerta ao colocar Marcelo como titular. É mais importante condicioná-lo a melhorar na defesa do que apostar em Filipe Luiz, que tem pouco talento ofensivo.

7) Não gosto de David Luiz. Fez uma falta ridícula em Payet e levou um amarelo desnecessário. Jogou alguns minutos como volante. O fato de atuar em duas posições pode ajudar a mantê-lo no time, mas eu prefiro Dante.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.