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Voz das ruas ajudou na contratação de Clemente Rodríguez

Menon

25/06/2013 13h37

As manifestações populares estão fazendo os políticos brasileiros correrem atrás do prejuízo. A presidente Dilma tentou sair do imobilismo político lançando uma plataforma de cinco temas, o governador Geraldo Alckmin barrou o aumento dos pedágios e, em vários lugares do Brasil, medidas são tomadas na intenção de responder às reivindicações do povo, exigidas, ainda que de forma difusa e pouco organizada, em grandes atos de rua.

É bom ouvir as ruas. Mal comparando, foi o que o São Paulo fez ao trazer o lateral Clemente Rodríguez, dispensado do Boca após um semestre ruim do jogador e também do time. Não que ele fosse um nome pedido pela torcida, mas o que ficou claro, após a derrota por 1  0, para o Goiás, no Morumbi, é que  Juan não teria sossego para  jogar.

Jogador de carreira vitoriosa, Juan nunca rendeu bem no São Paulo. E, com muita gente desconfiando e vaiando, fica ainda mais difícil. As vaias que recebeu naquela partida contra o Goiás, tanto quanto o futebol insosso que apresentou, mostraram aos dirigentes do clube que ele não seria o substituto ideal de Cortez. Que, sempre é bom lembrar, foi contratado para jogar no lugar de Juan.

 Não deu certo e quando Cortez demonstrou seguidamente que não entendia a grandeza do clube que defendia – nada de indisciplina, mas um jeito meio aéreo de sempre achar tudo bom e de não lutar para reconquistar a posição – a diretoria decidiu uma nova contratação. Sem Carleto, contundido, não ficaria apenas com Juan e Reinado.

Agora, são três.

1) Clemente Rodríguez, lateral que venceu três Libertadores e que tem um passado glorioso no Boca, mas que foi comunicado que não teria seu contrato renovado.

2) Juan, que foi dispensado, emprestado ao Santos, voltou, foi afastado e agora reabilitado.

3) Reinaldo, que teve um bom Paulista de 2012 no Paulista de Jundiaí e que depois fracassou no Sport.

O São Paulo não gastou nada em Clemente Rodríguez e nem em Reinaldo. Os bolsos continuam cheios. Tão cheios quanto as dúvidas que tomam conta da lateral-esquerda.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.