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Paulinho evita o Mineirazo. Forlán e Júlio César ajudam muito

Menon

26/06/2013 18h28

Paulinho é mesmo um jogador que representa o mais moderno do futebol mundial. Marca, passa e lança. Chuta. E cabeceia. Foi dele o passe longo para Neymar dividir com Muslera e ver a bola sobrar para Fred. E foi dele o gol de cabeça, subindo bem mais que Martín Cáceres para afastar o perigo de uma prorrogação.

O lançamento para o primeiro gol é um alívio e serve também de aviso. O Brasil não tinha hoje – e não tem tido – uma boa transição de bola, um jogo de alto nível no meio-campo. Luiz Gustavo é o homem da marcação. Hulk faz o jogo pela direita, indo e vindo. Não foi bem hoje. É só comparar com Cavani, que tinha missão parecida. Além do gol, o uruguaio fez desarmes e lançamentos.

O Brasil, naquele setor, tem ainda Oscar. E o garoto, que é bom de bola, não tem ajudado o Brasil. Ele não arma e não chega na área. Mais uma vez foi substituído por Hernanes. A senha está dada. Se Felipão não vai escalar o trio Paulinho-Hernanes-Oscar pode muito bem escalar Luis Gustavo-Paulinho-Hernanes. Jadson não terá chances. Significa que Kaká e Ronaldinho Gaúcho ainda têm chances? Não sei.

Julio Cesar precisa ser louvado. Defendeu um pênalti. É como se tivesse feito um gol. Foi seguro em outras jogadas. O Uruguai tem motivos para lamentar o erro de Forlán.

Alguns pontos que Felipão, com certeza, percebeu.

Zagueiro "uruguaio" – David Luiz está transformando Lugano em Nilton Santos. Nervoso, está batendo muito.

Zagueiro "brasileiro" – Thiago Silva é ótimo, mas às vezes é bom ser groso. O passe que deu para Marcelo, dentro da área, terminou em gol de Cavani.

Neymar – Foi um fingidor hoje. Parecia Fernando Pessoa. "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente. Que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente." No seu caso, chega a sentir dor, a dor que deveras finge.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.