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Menon

Hernanes é a melhor opção contra a Espanha

Menon

27/06/2013 19h13

Torci pela vitória da Espanha. Será um teste muito grande para a seleção brasileira. Melhor enfrentar outro estilo do que repetir o jogo contra a Itália. Hernanes é a melhor opção de vitória contra os espanhois. Com ele em lugar de Oscar, o time ganha mais toque de bola e mais combate no meio-campo. O 4-2-3-1 atual seria transformado em um 4-3-2-1. Com Luis Gustavo, Paulinho, Hernanes, Hulk e Neymar, o Brasil teria condição de equilibrar a posse de bola.

Foi com uma opção ainda mais radical que a Itália dominou o primeiro tempo do jogo contra a Itália. O treinador Prandelli começou com três zagueiros e jogou com seis no meio-campo, com Maglio e Giaccherini nas alas, Pirlo, De Rossi, Marchisio e Candreva no meio. Gilardino era o atacante. Depois, Montolivo entrou no lugar do zagueiro Barzagli. O esquema foi mantido, com De Rossi recuando um pouco e formando a primeira linha com Chiellini e Bonucci.

A Espanha não conseguiu manter aquela posse de bola latifundiária de sempre e terminou o jogo em um estilo diferente: buscou a velocidade de Navas e cruzamentos para Martinez, Piqué e Sergio Ramos.

Se o Brasil fosse jogar extamente como a Itália, teria Julio Cesar, uma linha de três zagueiros, com Tiago Silva, Davi Luiz e Dante e seis no meio campo. Seriam Daniel Alves, Luis Gustavo, Paulinho e Marcelo formando uma segunda linha, com Hernanes e Neymar mais à frente, antes de Fred. Sairiam Hulk e Oscar. 

São opções táticas interessantes de se ver. Felipão poderia também se aproveitar do cansaço espanhol – vai ter um dia a menos de descanso, além de haver jogado 120 minutos – e apostar em velocidade pelos lados, com Bernard ou Lucas.

Não há uma única opção. Muita coisa vai mudar durante a própria partida. Não vejo favoritos.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.