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Menon

Foi um passeio do Corinthians

Menon

17/07/2013 23h39

O camarada Thales me pediu rapidez para fazer o post da decisão da Recopa. Fiz o que pude. Poderia ter feito mais. Por exemplo, antes de começar o jogo poderia ter escrito que o Corinthians seria campeão. Afinal, o time é melhor – vamos parar com o eufemismo de dizer que é um time pronto, nada disso é bem melhor – e a vantagem era grande.

Quando vi a escalação com três volantes, já poderia haver escrito que o São Paulo teria muita dificuldade para sair jogando, pois Denilson e Wellington não sabem passar. Poderia escrever – e iria errar – que o Corinthians faria uma grande pressão na saída de bola. Não fez, foi médio, esperou na metade do campo e saiu para o jogo.

Quando saiu o primeiro gol eu já poderia ter escrito quase todo o texto. Corinthians campeão, como seria diferente. O São Paulo teria de fazer dois gols para provocar uma prorrogação. O gol saiu quando o Corinthians já dominava a partida. Foi quase uma repetição do primeiro gol de 15 dias atrás, jogada de linha de fundo, zagueiro travando e a bola sobrando para um corintiano. No caso, Romarinho antecipando-se a Juan.

É evidente que Aloísio entraria no segundo tempo, a não ser que o São Paulo estivesse vencendo. Entrou, correu como sempre, se esbaforiu e errou um gol feito após lindo passe de Ganso. Perdeu a chance de endurecer o jogo.

A partir daí o passeio se estabeleceu. Foi muito fácil. Aí, eu acertei. No domingo, eu já havia falado que poderia ser de goleada. Romarinho dominou totalmente Juan. A ponto de Paulo Autuori fazer uma mudança muito pouco usual. Colocou Maicon e tirou Juan.

Em seguida, Danilo, sempre ele, fez o segundo gol. Pegou um rebote de sua própria cabeçada. E olha, não precisa der nenhum gênio para prever  que Danilo jogaria bem. Ele sempre joga, principalmente em jogos decisivos.

Seria fácil dizer que o contrário vale para Luís Fabiano, mas aí já é um pouco de simplismo. É preciso ver que o São Paulo não tem equilíbrio algum. No início, tinha três volantes. No final, três atacantes. Em comum, a solidão de Ganso. E ele bem que tentou, lutou, deu bons passes, mas ainda está longe do que foi. E do que poderia ter sido.

Enfim, uma vitória justa, com grande partida de Guerrero. A lógica, pois o Corinthians é muito melhor. Um passeio.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.