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Corinthians apático e time de Juvenal lutador empatam

Menon

28/07/2013 18h19

O time de Juvenal entrou em campo para não perder. Jogou por uma bola, por um improvável gol e para interromper a série de cinco derrotas seguidas no Brasileiro. O Corinthians sabia disso oficialmente desde que a escalação saiu. Um segredo que todos sabiam. Não haveria lugar para esse Ganso muito mais malevolente do que técnico. E mesmo assim, com a bola cantada, teve pouca imaginação para conseguir a vitória, tão comum nos últimos confrontos.

No primeiro tempo, o domínio do Corinthians foi grande, com três finalizações contra nenhuma e com muito menos faltas cometidas. Era o esquema de sempre, um 4-2-3-1 que se transformava em 4-2-1-3 com a subidas de Sheik e de Romarinho. Do outro lado, havia um time diferente. Um time com alguns preceitos básicos que todo time do mundo tem: não havia um beque peladeiro atacando e perdendo bolas, não havia um lateral-esquerdo perdendo todas na força ou n a velocidade e, o mais importante, desta vez havia um volante com boa saída de bola, capaz de marcar e fazer a bola chegar ao ataque. Foi uma boa partida de Fabrício.

A postura do time de Juvenal era de respeito ao adversário, muito melhor. A postura de Ademílson, por exemplo, era muito diferente do que Luís Fabiano tem mostrado. Foi igualmente inútil no ataque, mas voltou para ajudar a defesa. Deu uma boa mão a Douglas.

Os primeiros 30 minutos de segundo tempo foram os mais equilibrados. O time de Juvenal começou a se soltar um pouco e chegou, incrível, a suas duas primeiras finalizações no jogo. Com 12 minutos, Tite mudou. Tirou Guerrero, muito estático em campo e dinâmico nas discussões e colocou Pato. Sacou Emerson e mandou Renato Augusto a campo. Fabrício abriu o bico e Maicon entrou, para jogar de maneira ainda mais recuada.

Tite ainda trocou Danilo por Douglas e Autuori tentou melhorar o contra-ataque com Roni. Os últimos minutos do jogo foram do Corinthians, com boas chances, mas seria injusto falar em sufoco. O empate, embora os números mostrem grande domínio corintiano, não foi injusto. Afinal, Autuori conseguiu o que havia planejado conseguir. Se antes do jogo, alguém oferecesse empate para os dois times, Tite não aceitaria. Autuori, sim.

O Corinthians adiou por uma rodada sua caça aos líderes. Tem elenco para ser campeão, mas está jogando abaixo do que sabe e do que pode.

O time de Juvenal vai excursionar. Sai do Brasil na zona de rebaixamento e voltará ainda nela; Não sairá nem com uma vitória contra a Portuguesa, seu próximo adversário. A excursão será cansativa mas o time poderá acertar um pouco do muito que falta. E reforços virão.

Foi um clássico em que o time mais fraco comemora o que se pode chamar de realmente fundo do poço. Se for, é hora de começar a reagir.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.