O que é pior: vender Vilson baratinho ou contratar Cris?
Duas negociações envolvendo zagueiros me causaram estupefação: a contratação de Cris, lentíssimo, sem recuperação e sem tempo de bola, recém fracasso no Grêmio – pelo Vasco ou a cessão de Vílson pelo Palmeiras ao futebol alemão por um dinheiro desprezível. R$ 700 mil é o que um jogador médio recebe por três meses de trabalho na Alemanha. Foi isso, apenas isso o que o Palmeiras recebeu para ceder seu melhor zagueiro.
Ao se desfazer de Vílson, o Palmeiras perde também um forte argumento para dizer que a troca de Barcos por jogadores do Grêmio. Dizia-se que Barcos foi navegar no Guaíba mas, que em troca, o Palmeiras havia recebido jogadores por empréstimo como Leandro e Rondinelli e um zagueirão em definitivo. Oras, se o bom zagueiro valia apenas R$ 700 mil, Barcos saiu por pouco.
O que o Palmeiras vai fazer com esse dinheiro? Não dá para contratar um novo zagueiro com a qualidade e o comprometimento que Vílson estava mostrando. A Ponte Preta pediu R$ 10 milhões pelo lateral Cicinho. Vendeu por menos do que isso, mas por muito mais do que R$ 700 mil. O Atlético-MG pagou R$ 3 milhões ao Coritiba por 80% dos direitos do zagueiro Émerson.
Já que não conseguirá contratar um zagueiro, o que dá para fazer com R$ 700 mil? Pagar 15 dias de folha salarial? Ou o presidente estaria recuperando um pouquinho do que dizem que investiu no clube?
Eu não sou CEO e nem entendo muito de dinheiro. Apenas tento fazer algumas relações para entender negócio tão estranho. E faço de tudo para afastar desconfianças da minha cabeça.