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Ruy Sasso, Gordo, Tatu, Canal etc não errariam tanto

Menon

02/09/2013 23h38

Há 30 anos, o professor Ruy Sasso, meu grande amigo, montou um time de basquete que ficou na memória afetiva dos aguaianos. Eles jogavam muito bem, lotavam a quadra e tiveram muito sucesso nos campeonatos estaduais da Federação Paulista. O armador era o Gordinho, talentoso e com domínio de bola espetacular e Tatu era um ala ágil e técnico, uma máquina de arremesso. Os dois foram convocados para a seleção paulista da categoria. O Canal era persistente, um carrapato, marcador dedicadíssimo e muito eficiente. Pouco atacava. Só atacou a minha irmã, casou com ela e me deu a linda Bruna.

Tinha mais: Maçãzinha, Zaia, Fábio, Junão, Clebão, Doglão, João Neto, Flávio e Carlinhos. Fico imaginado aqueles garotos, de 16 ou 17 anos, enfrentando a seleção do Uruguai, que venceu o Brasil por sete pontos na Copa América. Não, amigos, não vou falar uma grande bobagem. Se o Brasil perdeu por sete pontos, eles perderiam por 70. Ou 140.

Mas, e sempre há um mas, se os armadores Gordinho e Flávio conseguissem servir Tatu por 18 vezes e ele tentasse 18 arremessos de três pontos, amigos, tenho certeza que ele acertaria mais do que dois. O Brasil, do Magnano, acertou apenas dois. Dois e 18, porcentagem de 11%. Ridículo.

Não vou me meter a ser grande entendedor de basquete. O UOL tem dois blogs ótimos sobre o assunto. E nem quero falar que Nenê, Varejão, Splitter, Faverani, e Lucas Bebê, todos pivôs, não se apresentaram. Não vou falar que Augusto Lima, outro pivô, se machucou. Nem vou me atrever a questionar a convocação do Magnano, mas se o Brasil estivesse enfrentando o Dream Team de 92, a Iugoslávia dos Petrovic, a União Soviética de Sabonis, a Argentina de Manu, teria a obrigação de fazer mais do que 2 em 18.

E os lances livres? Na derrota contra Porto Rico, salvo engano, o Brasil acertou 33% dos arremesso. Meu irmão, o Passional, acerta mais do que isso. A Hortência, a Paula e o Oscar acertavam mais de 90%.

Não adianta buscar muitas explicações. Não há explicações, quando Gordo, Tatu e Passional – e eu garanto que é verdade – seriam mais efetivos que nossos representantes atuais.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.