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Guto Ferreira, amado pela torcida, prevê briga dura até o final

Menon

13/09/2013 18h59

Muricy não é o único treinador tratado como solução pela diretoria e como ídolo pela torcida. Guto Ferreira, da Portuguesa, trilha o mesmo caminho. "Agora, temos técnico" é um mantra ouvido no Canindé e lido nas redes sociais. Os torcedores acreditam que a melhoria dos últimos jogos – três vitórias em quatro jogos – é definitiva.

 Desde que estreou em 31 de julho, foram 4 vitórias, três empates e quatro derrotas, com aproveitamento de 47%. Antes, era de 29%, com uma vitória, quatro empates e quatro derrotas.

A diretoria está deslumbrada com o estilo sério do treinador e com sua capacidade de indicar jogadores de bom nível e menor custo. Em entrevista ao blog, ele agradece a todos, mas deixa um aviso. "Torcida precisa ajudar em todos os jogos. Só no final, talvez na última rodada é que se definirá quem continuará na Série A em 2014".

Você pode se comparar com o Muricy na questão de aprovação pela torcida?

Difícil porque estou chegando agora e não tenho um passado no clube como ele tem. Mas nossa torcida tem me aplaudido e aos jogadores também. Essa sintonia está ajudando muito. Tenho sido muito respeitado e só posso agradecer, além de pedir para que  apoio continue.

Você conversou com a torcida organizada. Isso está certo?

Eles pediram um espaço na agenda para uma conversa. Eu dei. Não tem problema. Chegamos à conclusão que, para ficar na Série A, a Portuguesa precisa ter todo o apoio possível. Não adianta criticar jogadores, isso não vai fazer o tme melhorar de rendimento. Os jogadores não escolheram estar em uma posição assim. Não é culpa deles.

Você sonha com o Canindé lotado, como nos tempos de Barcelusa? E de quem é a culpa pelo momento atual?

Não tenho o direito de sonhar, tenho que trabalhar para que o time mostre ao torcedor que merece sua presença. E esperar que o torcedor entenda que ele é muito importante. Quando essas coisas acontecerem, o público aumenta. Quanto à culpa, não é de nínguém específico. O problema é que a Portuguesa veio da disputa da Série B do Paulista, um campeonato que não exige muito. E, em seguida, teve de entrar no Brasileiro, que é muito duro. É como deixar a Stock e entrar na Fórmula-1 sem ter tempo de ajeitar o carro.

Você não indicou jogadores que são titulares, todos estão compondo o elenco. Por que?

Por dois motivos. 1) No momento atual, com campeonatos em disputa, é possível consegur jogadores top para contatar? 2) A Portuguesa tem dinheiro para contratar jogador top? O que nós fizemos foi valorizar nosso elenco. Quem tem um bom elenco e bom preparo físico consegue fazer frente à rotação de jogadores que o campeonato exige, com cartões e contusões. E há jogadores que chegam sem nome e se tornam top. É o caso do Bruno Henrique, que já estava aqui. É um grande jogador e chegou de forma desconhecida do Londrina.

Tem outros jogadores assim?

O Bruninho, que é da base, esteve contundido e está voltando. Tem força e qualidade técnica para ser titular da Portuguesa. Vai lutar duro por um lugar no time. 

Você conhecia o Moisés? Pergunto isso porque assim que chegou, você o transformou em titular.

Eu conheço todos os jogadores da Portuguesa, à exceção dos meninos que vieram da base, como o Jean Mota e o Bruninho. Trabalhei muito tempo no Inter na captãção de jogadores. Eu gosto do Moisés, conversei, dei moral, escalei e ele está cumprindo bem. Está ajudando muito.

O Corrêa estava sendo vaiado e agora fez um gol e foi aplaudido.

Pois é, vivia vaiado e não merecia isso. Todo mundo sabe que ele tem qualidade. Só que não é um menino e não pode jogar todas. Temos de ter um rodízio, como se faz na Europa.

Fale de Vanderson e Carlos Alberto, que você indicou.

Vanderson foi considerado o melhor jogador da Série C, pelo Oeste. Tem muita dinânica. Se eu jogasse no 4-2-3-1 ele teria muita chance de ser titular. O Carlos Alberto foi bem no Luverdense e no Mogi Mirim. É um jogador do estilo do Moisés, com mais perfil de armação.

O Cañete está fora também por rodízio?

Não é o caso. Ele é um grande jogador, mas a equipe se estruturou melhor sem ele. Quando o Diogo se recuperou e voltu ao time, ele saiu. Cañete disputa lugar com o Souza, mas agora eu tenho outras duas opções: uma de força, que é o Bergosn e outra de velocidade, que é o Vanderson.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.