Bertozzi, Marra e Beting lançam livro sobre o Galo na Libertadores
A alegria da torcida pela conquista da Libertadores pelo Galo não tem fim. O time pode até não estar bem, ainda de ressaca, mas as lembranças serão eternizadas a partir do lançamento de "Nós acreditamos", dos jornalistas Leonardo Bertozzi, Mario Marra e Mauro Beting, dia 5 de outubro em Belo Horizonte, na loja ofical do clube. O livro, que custa R$ 54,90 reúne impressões de Bertozzi e Marra, atleticanos que foram a muitos jogos e crônicas do palmeirense Mauro Beting. O blog falou com Bertozzi.
Como foi a ideia de escrever o livro?
Foi do Mauro Beting, que ligou para a gente. Ele sugeriu reunir nossos relatos com as crônicas dele. Nós aceitamos juntar tudo, com uma pegada muito mais emocional do que analítica.
Vocês foram a todos os jogos?
Não, é impossível porque a escala de trabalho não batia. Na fase final, eu fui. Tirei férias para poder ver todos os jogos, inclusive levei minha filha, a Laura de quatro anos na final. Foi legal porque ficava explicando para ele porque teria prorrogação, porque teria pênalti e isso me ajudava a ficar menos nervoso e mais centrado.
E sua mulher concordou em férias para ver o Galo?
A Priscila é sãopaulina mas torceu pelo Galo em muitos jogos. Ela me apoiou muito, sabia como era importante para mim ver esses jogos.
Com esse livro, você assume que é torcedor do Galo?
Olha, nunca escondi, só não faço apologia. Consegui respeito profissional para poder dizer qual é meu time, mesmo já tendo participado de torcida organizada como a Netgalo. Torcedores do Cruzeiro já disseram que gostam de mim, que apoiam eu torcer pelo Galo. O importante é ser profissional. Como torcedor, quero que eles percam, mas como jornalista só posso elogiar o que o Cruzeiro está fazendo. Esse ano tem sido muito bom para o futebol mineiro, basta lembrar que em 2011 os dois times quase caíram.
Qual foi o momento de maior nervoso que você passou?
Foram muitos, mas vou falar do segundo jogo contra o Tijuana. Eu ia entrar no ar para apresentar o Sportcenter quando houve o pênalti contra o Galo. Eu gelei. Falei para mim mesmo que precisava respirar fundo e me preparar para explicar profissionalmente a derrota. Quando o Vitor defendeu o pênalti com o pé esquerdo, eu saí batendo porta, chutando cadeira e quiseram até me dar água com açucar.
Foi o momento de certeza?
Sim, depois daí eu e o Marra criamos a certeza que seria nosso. Ninguém ia sofrer tanto assim e ficar sem o título. E foi assim, apesar do drama continuar. Os jogos contra o Newells Old Bous e o Olimpia foram de viradas, sempre com pênaltis defendidos. Foi no limite sempre, bom para mostar que o coração estava em dia.
Qual foi a sensação que ficou?
A sensação é de ver o curso da história revertido. Sempre era contra a gente, derotas contra o São Paulo em 77, o Flamengo, Guarani, Portuguesa, sempre derrotas difíceis e que deixavam o gosto de injustiça. Agora, não.
Quem foi o grande nome da conquista?
Vítor, sem dúvida. Ele está eternizado na história do clube. está na capa do livro.
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