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Menon

Fiel prejudica Corinthians de novo. Até quando, Gobbi?

Menon

24/09/2013 20h01

O Corinthians, caso passe pelo Grêmio na Copa do Brasil, não poderá fazer suas próximas partidas como mandante no Pacaembu. O clube perdeu dois mandos de jogos porque seus torcedores utilizaram sinalizadores na partida contra o Luverdense em Lucas do Rio Verde. Só para lembrar: sinalizador foi a arma utilizada no assassinato do garoto Kevin em jogo contra o San Jose, em Oruro.

O time perdeu também o mando de quatro jogos no Brasileiro por conta de uma briga de torcedores com seus similares do Vasco. Entre os brigões estava um dos 12 corintianos presos em Oruro quando da morte de Kevin.

Eu considero mais justo que houvesse punição exemplar aos brigões e que os clubes não fossem prejudicados. Estivessem presos, sentiriam na pele (será?) a perda da liberdade e talvez mudassem de vida. Ou não. De qualquer forma, seriam punidos. Mas considero difícil defender a tese de que torcida e clube são entidades independentes. Que o clube não tem nada a ver com o que fazem os delinquentes que vestem camisas de organizadas.

Como dizer que o clube está sendo injustamente punido se o Corinthians abre suas portas para torcidas organizadas? Há poucos dias, diante de resultados negativos, líderes do bando foram recebidos pelos dirigentes do clube e por cinco jogadores, entre eles o diferenciado Paulo André.

Como dizer que não há uma ligação entre clube e torcedores que fazem besteiras que prejudicam o próprio clube?

Uma atitude muito simples da diretoria – e não estou falando mais apenas do Corinthians – marcaria o afastamento em relação às organizadas. Bastaria proibir que símbolos do clube fossem usados e comercializados por torcedores. Que fossem vender camisetas com gaviões, baleias, porcos e santos barbudos, mas sem o símbolo dos clubes.

Porque, realmente fica difícil dizer que só o torcedor deve ser punido, dizer que são entidades diferentes, quando organizadas são recebidas com honras de dirigentes e faturam com símbolos do clube sem nada dar ao clube. A não ser o seu entusiasmo e sua truculência.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.