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Renovação do Corinthians é operação de risco

Menon

30/09/2013 14h19

Cássio, Ralf, Paulinho, Jucilei, Elias, Fábio Santos, Gil, Guerrero….. Com certeza, faltam nomes nessa pequena lista. Ninguém contratou tão bem quanto o Corinthians nos últimos anos. O clube soube buscar revelações conhecidas – Paulinho e Ralf – desconhecidas – Jucilei – jogadores rodados e sem brilho de protagonista – Fábio Santos – e conseguir deles todo o rendimento com que se poderia sonhar. E, falando agora de Gil, pagou por ele 10% do que pagaria por Dedé. E o resultado está aí.

Agora, é hora de renovar o elenco. Aliás, as mudanças já começaram com a saída de Chicão. É uma operação arriscada, pois quem vier será comparado com quem saiu. Vejam o caso de Ibson: por mais que jogue – e não está jogando – sempre haverá a sombra de Paulinho sobre ele. 

E na reconstrução, o Corinthians parece estar apostando suas primeiras fichas no mesmo tipo de jogador que deu certo: jovem e emergente, ainda sem fama. Mas será que a receita vai dar certo ou vai matar o doente? Será que todo dia tem pão quente? Esperemos, mas a verdade é que Jocinei, Diego Macdo e Rodriguinho (nome que pode vir) não entusiasmam. É difícil acreditar na repetição de êxitos anteriores

Prefiro contratações de jogadores já provados, como Danilo, Pato e Sheik.  Outro fator a ser considerado é definir quem comandará o processo de renovação? Será Tite? Ele indicará os nomes com quem vai trabalhar em 2014? Ele vai trabalhar no Corinthians em 2014? Conseguirá montar um time que não seja, como o atual, dependente apenas de uma ideia, que chamo de 4-2-3-1 e muito equilíbrio. Tite consegue ousar mais? Consegue se reciclar?

Todas as respostas começarão a ser dadas nos próximos dias. Se o time vencer a Copa do Brasil é uma coisa. Se perder do São Paulo por 2 a 0 fará mais estrago do que os 4 a 0 da Portuguesa. Mas, cá entre nós, isso será difícil de ocorrer.

Um novo Corinthians começa a ser montado. Vamos acompanhar com atenção a operação. Ela tem muitos riscos e um deles é a certeza de que a torcida sempre quer mais. Se for vice da Libertadores será criticado.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.