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São Paulo dá adeus ao rebaixamento, com organização e raça

Menon

20/10/2013 17h22

Com a vitória sobre o Bahia , o São Paulo deu adeus ao rebaixamento. Ele ainda existe nas possibilidades matemáticas e só será exorcizado de uma vez dentro de cinco rodadas, mas o futebol mostrado permite dizer que não há mais motivo para pesadelos. Cuidados sim, mas pesadelos não. Dá até para jogar com time completo na Sul-americana.

O maior mérito é de Muricy, que mostrou uma vez mais sua qualidade para organizar um time defensivamente. Os que o criticavam, falando em Muricybol deveriam refazer seus conceitos. Muricy foi tratado como uma Geni. Como estão fazendo agora com Chico Buarque. Não se perdoa erros de vencedores.

O São Paulo dominou o jogo desde o início. Tinha segurança defensiva com três zagueiros e um volante e boa saída de bola com Douglas, Reinaldo e Maicon. O Bahia jogava em seu campo, tinha pouca posse de bola e assustava apenas com chutes de longa distância. Feijão acertou a trave.

Foi então que algum raro alinhamento de estrelas deve ter acontecido. Toloi lançou como Gerson e Aloísio completou como Ronaldo. Com um a zero, o São Paulo tinha o jogo a ser favor, tinha o domínio tático. Bastava acertar um contra-ataque para definir o jogo.

Então, o tal alinhamento estrelar acabou e o futebol voltou à normalidade. Denilson foi expulso pela terceira vez no campeonato, com uma falta dura em Barbio. Muricy tirou Ademilson e colocou Wellington. Começou o segundo tempo com duas linhas de quatro: Paulo MIranda, Toloi, Edson Silva e Reinaldo. Douglas, Wellington, Maicon e Ganso. Aloisio solitario no ataque.

E as coisas pioraram ainda mais. Aloísio sair e entrou Welliton. O certo seria colocar Osvaldo para ter o contra-ataque, mas Osvaldo anda deprimido depois que deixou a seleção, para onde nunca deveria ter ido.  Maicon foi expulso de forma errada por Sandro Meira Ricci. Amarelo por tomar água. Amarelo em seguida por reclamar do primeiro amarelo. Burrice do jogador e exagero do árbitro.

O jeito foi tirar Welliton e colocar Fabricio. E o time, muito bem organizado, com as duas linhas funcionando, segurou o Bahia. Se já não houvesse feito três alterações, Cristóvão poderia abrir mão de um zagueiro, algo assim, mas não foi possível. Ele ficou com Souza e Fernandão, dois grandões na área e sem opções de fundo, pois havia sacado Barbio e Madson. Houve poucos cruzamentos corretos.

No final do Brasileiro, o São Paulo, para justificar sua ascensão, terá de lembrar três partidas 1) Vitória contra o Vasco, igualando-se ao time do Rio 2) Vitória contra o Cruzeiro, em uma rodada em que todos os rivais haviam vencido e 30 Vitoria contra o Bahia, com dois a menos.

E terá de se lembrar que todas tiveram o dedo de Muricy.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.